Um estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology apontou que a “caminhada nórdica” é um exercício eficaz para aumentar a capacidade cardiovascular e a qualidade de vida dos pacientes.
A caminhada é uma atividade de baixo impacto originada na Finlândia, e consiste em andar com bastões de trilha ou de esqui em um movimento oposto ao das pernas. Nas academias, o aparelho elíptico é usado para reproduzir esses movimentos.
A pesquisa foi realizada no Canadá e contou com 130 voluntários que apresentavam doença coronária. Eles foram submetidos a um programa de treinamento de 12 semanas: uma parte fez o treino HIIT, outro grupo seguiu um treinamento com exercícios físicos moderados e o último treinou os movimentos da caminhada nórdica.
Ao final, os participantes que fizeram o treino de caminhada apresentaram os melhores resultados: com 19% de melhora da capacidade funcional, contra 13% alcançado pelos praticantes do HIIT e 12% dos voluntários que fizeram o treino moderado.
Benefícios
A caminhada nórdica exercita todo o corpo, e pode ser realizada em vários níveis de dificuldade. De acordo com a Associação de Caminhada Nórdica dos Estados Unidos, a atividade usa de 80% a 90% dos músculos quando feita corretamente, enquanto as caminhadas e corridas convencionais ativam somente 40%.
Um outro estudo já havia demonstrado que a movimentação muscular adicional deste tipo de exercício leva a 20% de aumento na queima de calorias, em comparação com as atividades de caminhada tradicionais.
“A pesquisa mostra a superioridade dos benefícios da caminhada nórdica nas capacidades funcionais, e destaca a opção como alternativa de exercício que requer pouco investimento e melhora a saúde física e emocional”, afirma Jennifer Reed, diretora de exercícios fisiológicos e saúde cardiovascular da Universidade de Ottawa e autora principal do estudo.
Os resultados positivos geraram interesse da equipe de pesquisa para explorarem mais benefícios da caminhada nórdica, como o fortalecimento dos membros superiores e inferiores, e a melhoria dos indicadores cardiovasculares, como taxas de glicose no sangue e lipídios.
Fonte: Metrópoles
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