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Uso de Viagra aumenta em até 85% risco de problemas oculares graves



O uso contínuo de Viagra – remédio para disfunção erétil – aumenta em até 85% o risco de doenças oculares graves e pode inclusive levar à cegueira. É o que revela um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica (UBC), no Canadá, publicado na quinta-feira (7/04), na revista científica JAMA Ophthalmology.


De acordo com o trabalho, o fármaco eleva em 2,5 vezes o risco para descolamento de retina, em 1,4 vezes o risco para oclusão venosa da retina (OVR), e em 2,2 vezes as chances de desenvolver uma neuropatia óptica isquêmica (NOI). Para a pesquisa, foram analisados dados de saúde de 213 mil homens que nunca tinham relatado problemas de visão antes do início do uso do fármaco.


“Esses medicamentos tratam a disfunção erétil melhorando o fluxo sanguíneo na área, mas sabemos que eles também podem dificultar o fluxo sanguíneo em outras partes do corpo”, afirmou o autor do trabalho Mahyar Etminan, em comunicado à imprensa.

A oftalmologista Nubia Vanessa, do Hospital de Olhos (CBV), chama a atenção dos pacientes para a necessidade de passar por uma avaliação oftalmológica antes de começarem a usar o Viagra. “Esse tipo de disfunção deve ser acompanhada pelo médico prescritor do medicamento.


Pacientes que já sofrem com complicações oculares devem receber uma atenção maior, pois o uso do fármaco acelera os problemas e pode levar até mesmo à cegueira”, explica Vanessa.


Principais doenças


O estudo descreve três doenças que podem ser desenvolvidas a partir do medicamento: o descolamento de retina, caracterizado pelo surgimento de flashes de luz repentinos ou sombras no campo de visão, a OVR, obstrução das veias da retina, e a NOI, quadro grave que provoca perda súbita de visão devido à suspensão do fluxo sanguíneo para o nervo óptico.

“É importante estar atento a manchas na visão, perda de campo visual ou flashes luminosos após uso de Viagra ou análogos. Nesses casos, é necessário procurar atendimento oftalmológico e informar ao seu médico sobre o uso da medicação”, orienta a oftalmologista Caroline Lima.

Fonte: Metrópoles

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