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"Bebês Ozempic": Qual a relação entre remédio para perda de peso e fertilidade?



Mulheres relatam gravidezes inesperadas ao tomarem medicamentos para perda de peso, como Ozempic e Mounjaro, conforme compartilhado em redes sociais. Esses relatos abrangem desde usuárias de anticoncepcionais até aquelas com histórico de baixa fertilidade.


Segundo o Metrópoles, o obstetra Nathan Ichikawa Ceschin destaca que mulheres com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 têm maior propensão a abortos espontâneos. Ao perderem peso, reduzem esse risco. Este fenômeno levanta questões sobre a influência desses medicamentos na fertilidade e destaca a importância de uma orientação médica adequada ao utilizá-los.


Influência no grau de fertilidade?


O ginecologista Luís Otávio Manes, de Brasília, explica ao Metrópoles que tais medicamentos podem aumentar as chances de gravidez em mulheres com distúrbios metabólicos, como diabetes e obesidade. Isso acontece, pois esses problemas afetam a produção hormonal ligada à fertilidade. "Mulheres que não ovulavam todos os meses passam a ovular de maneira regular e, obviamente, aumentam a probabilidade de engravidar. Além dessas situações, a medicação não ajuda em absolutamente nada na taxa de gravidez e nem na fertilidade", considera Manes.


Farmacêuticas afirmam que não houve gravidezes durante os testes clínicos do Ozempic. No entanto, há preocupações de que o retardo no esvaziamento gástrico causado pelo medicamento possa interferir na absorção de pílulas anticoncepcionais orais. Antes de iniciar o tratamento com canetas injetáveis, é recomendado que as pacientes consultem um médico sobre outras opções medicamentosas.


Especialistas desencorajam o uso desses medicamentos com o propósito de engravidar. Os fabricantes também aconselham a suspensão do tratamento pelo menos dois meses antes de tentar engravidar ou assim que a gestação for detectada.


"O fato de emagrecer, perder peso e melhorar a saúde impacta na fertilidade, ou seja, os "bebês de Ozempic" podem ser um efeito indireto da medicação", considera o médico, que é integrante da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). "Uma vez que se consegue eliminar o peso e diminuir o IMC, isso melhora as condições de ciclo menstrual", completa Ceschin.


O que é o IMC?


De acordo com a Organização Mundial de Saúde. o Índice de Massa Corporal é uma das principais ferramentas, para calcular o chamado "peso ideal". Obtido a partir do peso e da altura do indivíduo, o IMC também aponta níveis de magreza e obesidade. Com base no valor obtido, é possível classificar a pessoa em categorias como abaixo do peso, peso saudável, sobrepeso ou obesidade, auxiliando na avaliação do risco de problemas de saúde associados ao peso.


Para obter o IMC, basta dividir o seu peso pela altura elevada ao quadrado: (IMC = peso (kg) / altura (m)².). De acordo com o indicador, o peso considerado saudável é aquele situado entre 18,5 e 24,9.


Os outros marcadores do IMC são:


- magreza grave (menor que 16);

- magreza moderada (entre 16 e 16,9) ;

- magreza leve (entre 17 e 18,4);

- sobrepeso (índice de 25 a 29,9);

- obesidade grau 1 (30 a 34,9);

- obesidade severa (35 a 39,9)

- obesidade mórbida (acima de 40)


É sempre recomendável consultar um profissional de saúde para uma avaliação mais abrangente.

Fonte: Terra

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