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Ansiedade atinge 41% e sedentarismo afeta 35% dos brasileiros na pandemia



De acordo com os dados coletados, publicados em 26 de maio, 41% dos brasileiros lutam contra os sintomas de ansiedade e 47% alegaram estar comendo demais (39%) ou de menos (8%) como consequência das mudanças provocadas pela quarentena em função da disseminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Em ambos os casos, o Brasil foi o país que registrou o maior índice entre os 16 pesquisados. Além disso, 35% se preocupam por estar se exercitando de menos, ficando atrás apenas de Japão (39%) e Coreia do Sul (38%) no temor em relação ao sedentarismo.

Realizada entre os dias 7 e 10 de maio, a pesquisa pedia que os participantes marcassem, em uma lista de 11 transtornos de saúde, quais sintomas os afetavam no atual cenário da pandemia. Cerca de 1.000 pessoas foram entrevistadas em cada país e apontaram a ansiedade e a baixa na prática de exercícios como as principais consequências da Covid-19 a nível global. Os países participantes foram: Austrália, Brasil, Alemanha, Espanha, Itália, França, Estados Unidos, Canadá, Japão, México, Rússia, Grã-Bretanha, África do Sul, Índia, China e Coreia do Sul. Apenas 22% dos brasileiros alegaram não sofrer com nenhum desses transtornos, o menor índice do estudo, empatado com o México. Estas situações podem estar diretamente relacionadas. De acordo com a psiquiatra Tula Chaves, os estímulos causados pela atividade física podem ajudar no combate da ansiedade e, consequentemente, evitar consequências como o transtorno alimentar e outros maus hábitos. – Ficar isolado traz uma sensação de angústia e de ansiedade. Em situações de ansiedade e medo, o ser humano tem mais dificuldade de controlar os impulsos. Isso é natural. Você come um chocolate não porque quer comer o chocolate, mas porque está com dificuldade de controlar o impulso. A gente precisa estabelecer recursos para manter estes descontroles em um nível funcional. Uma rotina de atividade física produz um estímulo prazeroso que impede uma procura de prazer e de conforto não-saudáveis em outras áreas. Para quem já tem uma história de transtorno alimentar, a gente sugere também que procure ajuda profissional específica com psicólogos ou psiquiatras que possam estar juntos neste momento difícil – explica Tula. A pesquisa ainda aponta que mulheres estão mais suscetíveis a sofrer com estes sintomas, assim como insônia, enxaqueca e depressão. Entre as mulheres, as mais jovens (abaixo dos 34 anos) são as mais afetadas. Homens, por outro lado, são mais propensos a apresentar consumo excessivo de álcool ou fumo. Além do combate aos sintomas causados pelo isolamento social, Tula ressalta que manter-se ativo é importante para que o corpo se encontre em melhores condições quando a situação for normalizada: – A gente tem que olhar para onde a gente pode mudar ou fazer alguma coisa. Eu posso cuidar da minha alimentação, do meu corpo, por exemplo. Temos que cuidar disso olhando para o que podemos fazer no presente. Cuidar do corpo para que ele se mantenha funcional e forte para que, quando tudo isto terminar, a gente esteja se sentindo inteiro. É uma das nossas potências em uma situação de tantas impotências. Confira os dados da pesquisa: Como o covid-19 está impactando as pessoas? — Foto: Reprodução/Ipsos Porcentagem dos brasileiros que sofrem com os 11 transtornos pesquisados pelo Ipsos:

  1. Insônia: 26% Mulheres - 33% Homens - 19%

  2. Ansiedade: 41% Mulheres - 49% Homens - 33%

  3. Depressão: 11% Mulheres - 14% Homens - 7%

  4. Enxaquecas: 14% Mulheres - 18% Homens - 9%

  5. Comer demais: 39% Mulheres - 42% Homens - 36%

  6. Comer de menos: 8% Mulheres - 7% Homens - 8%

  7. Aumento no tabagismo: 10% Mulheres - 9% Homens - 10%

  8. Exercitar-se demais: 4% Mulheres - 3% Homens - 5%

  9. Exercitar-se de menos (sedentarismo): 35% Mulheres - 33% Homens - 37%

  10. Aumento do consumo de álcool: 9% Mulheres - 7% Homens - 11%

  11. Diminuição do consumo de álcool: 6% Mulheres - 3% Homens - 9%

  12. Nenhum desses problemas: 22% Mulheres - 20% Homens - 23%

  13. Preferiram não responder: 5% Mulheres - 3% Homens - 6%

Fonte: Globoesporte

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