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Vítima de dengue no DF em 2020 é idoso de 65 anos, morador do Guará

O Distrito Federal registrou 1.419 casos de dengue no primeiro mês do ano. O número representa aumento de 84,1% em relação ao mesmo período de 2019, quando houve 730 ocorrências da doença. Desse total, 1.296 são de residentes do DF. A região de Sobradinho 2 é a que apresenta a maior incidência, com 113 casos, seguido de Sobradinho (109), Guará (105) e Gama (103). Entre as notificações confirmadas, três foram classificadas como graves e 27 com sinais de alarme (sintomas mais fortes). Houve ainda um óbito, no Guará.A dona de casa Sirleide da Conceição Silva, 56 anos, perdeu o marido para a dengue em 18 de janeiro. O funcionário público Antônio Valdeci Carneiro, 65, começou a sentir febre e dores nas juntas quatro dias antes de falecer. “Na terça-feira de madrugada, o médico deu o diagnóstico de dengue hemorrágica, e ele foi internado imediatamente. Começou a tomar soro, fez o que pôde, mas não resistiu”, lamentou Sirleide.

O casal morava na QE 26, no Guará 2. A região está entre as que apresentam maior incidência da doença. No total, foram 103 casos de dengue contabilizados só em janeiro. Sirleide conta que sempre tomou as devidas precauções para combater o mosquito na residência. “Aqui (Guará), o problema está nos matos altos e na quantidade de poças que existem. O pior é que não vejo ninguém tomar providência. Precisamos combater esse mosquito o mais rápido possível, antes que ele se alastre e destrua mais famílias, assim como devastou a minha. Meu marido era meu companheiro, amigo, e tinha acabado de se aposentar, mas não conseguiu aproveitar esse tempo.”

Dor e fadiga

A assistente administrativa Camilla Cristina Pereira, 25, também mora no Guará 2 e integra a estatística dos casos da doença notificados. Ela contraiu o vírus da dengue na quarta-feira passada. “Comecei a sentir muita dor de cabeça e nas costas. A febre veio depois. Até então, não sabia que poderia ser dengue, mas senti dor atrás dos olhos e desconfiei”, afirmou. Camilla logo procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, onde confirmou o diagnóstico da doença. “Não sinto ânimo para nada, nem para levantar da cama. Sinto-me cansada e estou à base de dipirona, paracetamol e bastante água”, ressaltou. Ela acredita que pode ter sido picada pelo mosquito na própria casa. “Eu sempre tampo os baldes de água quando chove. Nunca deixo água parada. Mas antes de eu ficar doente, fui olhar os ralos e estava cheio de larvas. Imagino que possa ter sido isso.”

Fonte: Correio Braziliense

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