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Trombose: os mitos e verdades sobre a doença que levou Anitta à internação



A cantora Anitta foi internada na quinta-feira (25) para o tratamento de uma trombose em uma de suas pernas. Segundo a cantora, a doença foi descoberta na fase inicial e ficará “tudo bem”.

"Descobrindo a doença, entra em tratamento, a minha estava em fase inicial. Então vai ficar tudo bem comigo”, disse Anitta em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.

A trombose é uma doença que ocorre quando o sangue que corre por uma veia grande do corpo, geralmente localizada nas coxas e pernas, forma um coágulo - ou um trombo, como é popularmente conhecido, que bloqueia o fluxo da sangue na região. Nos casos mais graves da doença, o coágulo pode causar lesões e sequelas (veja mais abaixo). Sintomas Classificada pelos médicos como uma doença silenciosa, já que a trombose pode ser completamente assintomática, o Ministério da Saúde alerta que é preciso ficar em atento aos sintomas nos membros inferiores:

  • Aumento da temperatura nas pernas

  • Dor nos membros inferiores

  • Inchaço nas pernas

  • Coloração vermelho-escura ou arroxeada nas pernas

  • Endurecimento da pele/Rigidez da musculatura em alguma região

  • Varizes

  • Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) os sintomas que mais merecem atenção são a dor na panturrilha e o inchaço das pernas ou de qualquer outro membro. O Hospital São Luiz explica que se o coágulo for até o pulmão, "o paciente pode apresentar ainda dor no peito e nas costas, tosse com sangue e respiração curta e rápida", informa o site da instituição. Tais sintomas são extremamente graves (veja mais abaixo). O que pode causar a trombose? Inúmeros fatores podem causar uma trombose, desde uma predisposição genética, exposição aos fatores de risco ou até uma viagem longa, em que passamos muitas horas sentado.

De maneira geral, os principais fatores de risco e causas para a trombose, segundo o Ministério da Saúde, são:

  • Tabagismo

  • Uso de anticoncepcional ou tratamento hormonal

  • Hereditariedade

  • Pacientes com insuficiência cardíaca

  • Pacientes com tumores malignos

  • Obesidade

  • Gestação e pós-parto

  • Ficar sentado ou deitado por muitas horas seguidas (como em uma viagem longa de avião ou de ônibus, por exemplo).

Cirurgia ortopédica e trombose O Ministério da Saúde também alerta que a trombose pode ocorrer depois de uma cirurgia de médio e grande porte, geralmente ortopédica, ou de uma internação em que o paciente tem que ficar por muito tempo deitado ou sem caminhar.

"Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço", informa o verbete do Ministério da Saúde sobre a doença.

Ainda segundo o órgão, muitos desses fatores de risco podem ser evitados com um estilo de vida saudável, adotando exercícios físicos, controlando o peso e ficando longe do tabaco. Viajar de avião causa trombose? Segundo o Ministério da Saúde, qualquer viagem longa pode causar trombose em pessoas com fatores de risco à desenvolver a doença. "Realmente, um voo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração", informa o verbete da pasta sobre trombose. Por isso, durante uma viagem longa de avião ou ônibus, o recomendado:

  • Fazer pequenas caminhadas, mesmo que seja nos corredores ou até o banheiro, de hora em hora

  • Viajar com roupas confortáveis e largas, que não comprimam o corpo

  • Tomar bastante água

  • Evitar passar mais de duas horas parado na mesma posição

  • Usar meias elásticas medicinais adequadamente calçadas, prescritas pelo seu médico. Ela ajudam na circulação sanguínea.

É possível prevenir? Evitar o ganho excessivo de peso, praticar exercícios físicos regularmente, não fumar e evitar qualquer outro fator de risco é uma forma de prevenir a trombose.

Fazer pequenas caminhadas e alongamentos durante uma viagem longa ou durante o trabalho (principalmente se você fica muito tempo em pé ou sentado), evitando ficar mais que duas horas em uma mesma posição. Pode levar à morte? Segundo o Ministério da Saúde, a trombose crônica, uma forma grave da doença, pode causar a morte súbita no paciente em razão de uma embolia.

A embolia acontece quando um fragmento do coágulo formado pela trombose se desprende e cai na corrente sanguínea. Ao se movimentar, ele pode ir para os pulmões, coração ou cérebro, bloqueando o fluxo do sangue nesses lugares, podendo causar a morte súbita. "A embolia pulmonar é causada pela fragmentação dos coágulos e a migração destes até os pulmões, entupindo as artérias pulmonares e gerando graves problemas cardíacos e pulmonares", explica o site da SBACV. Somente mulheres têm trombose? Não! Segundo o Ministério da Saúde, a trombose realmente ocorre com maior frequência em mulheres porque estas estão mais expostas aos fatores de risco, como uso de remédios anticoncepcionais e gravidez, mas a doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente do sexo. A trombose ocorre somente nas pernas? Não. Segundo o Hospital São Luiz, a trombose pode ocorrer em qualquer lugar do organismo que tenha veias e artérias.

"Essa [trombose] é uma condição mais comum nos membros inferiores, como coxas e pernas. Mas o paciente pode também apresentar trombose nos pés e trombose nos braços", informa o Hospital São Luiz. Tem tratamento? Sim! Existem remédios capazes de dissolver os trombos já existentes e de prevenir a formação deles.

"O tratamento é feito com substâncias anticoagulantes (impedem a formação do trombo e a evolução da trombose) ou fibrinolíticos (destroem o trombo). Mais modernamente, e em situações selecionadas, o tratamento da TVP [trombose venosa profunda, nome científico] pode ser feito na própria residência do paciente, usando-se as heparinas de baixo peso molecular", informa a SBACV.

Em alguns casos, de acordo com o Ministério da Saúde, o médico pode optar por uma cirúrgica vascular.


Fonte: G1

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