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Sarampo: necessidade de mobilização para prevenção imediata

Sarampo é uma doença viral aguda, altamente transmissível por aerossois, de forma direta, pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pela pessoa infectada ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de incubação varia de 7 a 18 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e leva cerca de 14 dias até o início do exantema. Os pacientes transmitem a doença de quatro a seis dias antes do surgimento do exantema, e até seis dias depois.

O sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e investigação epidemiológica obrigatória e imediata.

Entre 19 de maio e 10 de agosto de 2019 foram registrados 1.680 casos confirmados de sarampo em 11 estados brasileiros: 1.662 em São Paulo, 06 no Rio de Janeiro, 04 em Pernambuco, 01 na Bahia, 01 no Paraná, 01 em Goiás, 01 no Maranhão, 01 no Rio Grande do Norte, 01 no Espírito Santo, 01 em Sergipe e 01 no Piauí. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,80 por 100.000 habitantes. Em 28 de agosto a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou a morte de um homem de 42 anos por sarampo na capital paulista. Foi a primeira morte provocada pela doença no estado desde 1997.

Quadro clínico

Pode ser dividido em três fases:

  1. Período de infecção

  2. Com duração de três dias, com febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite com fotofobia e lacrimejamento. Em alguns casos pode ser observada uma linha marginal transversal na conjuntiva palpebral inferior, chamada linha de Stimson.

  3. No final do período prodrômico podem ser visualizadas máculas, como grãos de areia com um halo vermelho, na mucosa oral (machas de Koplik), que desaparecem de 24 h a 48 h após o início do exantema.

  4. No 4º dia surge um exantema cutâneo máculo-papular de coloração vermelha, que começa na região retroauricular e tem caráter descendente. Dentro de três dias este exantema atinge o corpo todo – concomitante com a piora do quadro de prostração.

  5. Período toxêmico

  6. Nesta fase podem ocorrer complicações pela doença viral ou por infecções bacterianas associadas.

  7. Período de remissão

  8. Caracteriza-se pela redução da febre e dos outros sintomas.

  9. O exantema escurece, ficando castanho-acinzentado, e pode ocorrer descamação.

A persistência da febre por mais de três dias após o surgimento do exantema é um sinal de alerta, podendo indicar complicações, como infecção respiratória, otite, doença diarreica ou neurológica, como encefalite, que pode ocorrer mesmo após o 20º dia.

Fonte: Medscape

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