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Vício em açúcar existe? O que é e como posso me livrar dele



Quem nunca ouviu ou disse a frase “vou comer um docinho para ser feliz”? Esse hábito aparentemente inofensivo pode se tornar um perigoso vício em açúcar – desde que consumido em grande quantidade e frequência – e desencadear uma série de outras doenças.


Apesar de não ter um nome específico, o vício em açúcar existe e se encaixa na definição de compulsão alimentar. O doce traz sensação de prazer, bem-estar e energia, o que provoca uma dependência impulsionada pelo próprio organismo.


“O açúcar estimula a liberação de endorfina e outras substâncias neurotransmissoras no cérebro que causam sensação de prazer. Por isso que após um dia exaustivo, cansativo, a gente pensa: ‘Eu mereço um doce’. É o cérebro tentando encontrar uma maneira rápida e fácil de prazer”, explica Myrna Campagnoli, endocrinologista do Laboratório Exame.


O problema maior da necessidade de consumo de doce é que ele se torna um ciclo vicioso. A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas e controla a quantidade de açúcar no sangue. O corpo produz mais insulina quando se come muito açúcar. E quando há um pico de insulina, provoca-se o efeito rebote e o organismo pede mais doce.


Coordenador de cirurgias metabólicas do DF, o endocrinologista Renato Teixeira destaca que “o excesso de ingestão de açúcar traz diversos problemas no organismo, desde a cavidade oral (cáries e gengivites), até problemas metabólicos (obesidade e diabetes)”.


Uma prova de que a compulsão por açúcar é nociva e motivo de preocupação são as reações ao retirar o doce do paciente. “O açúcar dentro do organismo é como se fosse uma droga. Isso é perceptível quando resolvemos fazer uma dieta e sentimos uma série de alterações. As pessoas ficam nervosas, têm dor de cabeça, perdem a concentração”, relata a nutricionista Carla de Castro, da Clínica do Treino.


Como se livrar dessa dependência?

Entender que a compulsão por doces é um vício é o primeiro passo para se livrar desse processo. Se você acha que está exagerando, é bem provável que esteja mesmo e deve começar a controlar-se mais. “Não é fácil se livrar. Tem pessoas que o organismo pede tanto açúcar, que fica incontrolável. Por isso, é necessária uma equipe multiprofissional, com psicólogo, nutricionista e outros especialistas”, ressalta Renato.


Uma vez que o paciente está consciente de que há um exagero no consumo de doces, o trabalho é direcionado para a reeducação alimentar. A redução da ingestão de açúcar, em si, é uma das medidas, mas são necessárias técnicas para essa retirada.


Minimizar o estresse diário é importante nessa fase, recomenda-se também iniciar a prática de exercícios físicos. A partir daí, substituir os doces com o açúcar branco por frutas, intervalar melhor as refeições (em busca de saciedade) e aumentar a ingestão de água e chás.


Fonte: Metrópoles

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