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Veja como o intestino controla seu estado emocional, o humor, a fome e o estresse

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Há um ditado popular que diz que o estômago é o “segundo cérebro”, embora, na verdade, o que exista seja o eixo intestino-cérebro. Muitos se perguntam como ocorre essa troca de informações. Segundo o site "We Life", há três principais vias de comunicação que influenciam tanto a saúde física quanto a mental. 


A nutricionista Cristina Capella Llacer explica em seu livro “Vivir sin inflamación. Construye tu estilo de vida antiinflamatorio en 4 semanas” (no português: “Vivendo sem inflamação: Construa seu estilo de vida anti-inflamatório em 4 semanas”), que existem essas três vias de comunicação entre intestino e cérebro. Esses canais são: o nervoso, o hormonal e, por fim, o imunológico. Cada um desempenha um papel essencial na forma como os processos digestivos se relacionam com o funcionamento geral do corpo. 


Entender como o intestino funciona é essencial para promover a desinflamação do organismo. A via mais direta e conhecida é o nervo vago, que conecta o sistema digestivo ao cérebro. 


— O cérebro conta ao intestino como nos sentimos. E o intestino responde com sinais sobre como está funcionando. Por isso, quando sentimos estresse ou ansiedade, podemos experimentar sintomas físicos como gases, ‘borboletas no estômago’ ou até diarreia — afirma Capella. 


A importância de fortalecer essas três vias 


Quando esse canal é fortalecido, torna-se uma grande ajuda para reduzir a reatividade intestinal ao estresse, o que também melhora a digestão. A especialista recomenda que, para isso, as pessoas realizem três minutos diários de respiração diafragmática para ativar o sistema parassimpático. 


Além disso, é possível estimular o nervo vago por meio da garganta, seja cantando, rindo ou falando suavemente.  


— Tomar banhos frios ou alternar temperaturas. Abraçar alguém ou ter uma conversa relaxada com um amigo também pode estimular a atividade do nervo vago — atesta.  


Já a via hormonal funciona como uma fábrica de serotonina, localizada, surpreendentemente, no intestino. Cerca de 90% do que é conhecido como “hormônio da felicidade” é produzido ali, segundo a nutricionista. No intestino também são sintetizadas outras substâncias importantes, como dopamina e GABA, fundamentais para regular o humor, o sono e o apetite. Por isso, Capella reforça a importância de manter uma dieta equilibrada e livre de ultraprocessados. 


— Isso nos ajuda a ter melhor humor, enxergar as coisas com mais clareza e sentir vontade de agir. Por isso, cuidar da alimentação, da microbiota e do descanso não só melhora a digestão, mas também a saúde emocional — explica a nutricionista.


Para regular essa via hormonal, Capella recomenda dietas ricas em triptofano, um aminoácido presente em ovos, carnes magras, leguminosas e peixes. Ela também destaca as gorduras saudáveis, como o azeite de oliva e os peixes azuis, além da fibra prebiótica, essencial para alimentar as bactérias benéficas do intestino. 


— Consumir probióticos como iogurte, kefir ou miso e se expor à luz solar logo pela manhã, já que isso ajuda a transformar a serotonina em melatonina. Isso regula o sono e o ritmo circadiano — acrescenta. 


Por fim, a terceira via é a imunológica. Entre 70% e 80% do sistema imunológico estão localizados no intestino, que está em contato direto com inúmeros antígenos que chegam pelos alimentos. Por isso, manter uma dieta equilibrada é fundamental para o estado de ânimo. 


— Nossa microbiota intestinal produz substâncias anti-inflamatórias que nos protegem. Mas quando há disbiose, um desequilíbrio bacteriano, no qual surgem sinais que podem afetar o humor, a energia ou a concentração — aponta Capella. 


Segundo ela, um intestino inflamado pode provocar uma “mente nublada”. Quando essa conexão se altera, surgem sintomas emocionais como tristeza, irritabilidade, ansiedade ou inchaço abdominal. 


Fonte: O Globo

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