Uma a cada 100 pessoas sofre com tendinite, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde afirma que cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem com doenças reumatológicas. A condição está entre os principais gastos com auxílio saúde no Brasil, ficando atrás apenas da artrose e das dores na coluna.
O fisioterapeuta Cadu Ramos explica que a tendinite é uma inflamação do tendão. “O tendão é um cordão fibroso cuja função é unir o músculo ao osso. Porém, por questões traumáticas ou degenerativas, esse tendão pode sofrer um estresse e uma sobrecarga quando os músculos estão enfraquecidos, o que acaba sendo transferido para o tendão e então acontecem as inflamações”, afirma.
Geralmente o problema se manifesta pela presença de dor no local, que pode irradiar para toda a musculatura ao redor. “A dor pode piorar com o movimento e resultar em diminuição da força e, quando se torna persistente, pode causar atrofia da musculatura”, alerta o especialista.
O corpo humano tem mais de 4.000 tendões em todo o corpo e todos eles podem sofrem a inflamação, mas as áreas mais afetadas são punhos, antebraços e pés. E por ser bem abrangente, pode acometer qualquer pessoa, principalmente aquelas que não fortalecem os músculos.
Causas da tendinite
De acordo com o fisioterapeuta, as principais causas da tendinite são:
Falta de alongamento e tensão muscular;
Falta de condicionamento físico;
Postura inadequada.
“Além disso, movimentos repetitivos, principalmente no uso de computadores, tablets ou celulares, também podem causar o problema”, explica Cadu. Mas, outras causas também podem desencadear a inflamação, como carregar peso excessivo e a idade avançada, por exemplo. Isso porque, com o passar dos anos, a circulação sanguínea para o tendão se torna deficiente. O estresse ocasiona contratura muscular e fadiga que, por consequência, prejudicam esses tendões.
Tratamento
Uma tendinite pode durar dias, semanas, meses e até se tornar um quadro crônico. Nesses casos, ela pode desencadear problemas mais sérios como compressão das articulações, sobrecarga articular, hérnia de disco, problemas nos joelhos, desgaste de cartilagem, e outros danos.
Por isso, para se livrar do problema, Cadu conta que o tendão precisa de ajuda mecânica de alongamento, movimento e força muscular para aliviar essa tensão. “A melhor maneira de evitar a tendinite é com manutenção: alongamento, mobilizações, atividade física e fortalecimento da musculatura”, destaca.
“Com isso é possível aumentar a amplitude articular, que graças a esses estímulos, as cadeias musculares ganham elasticidade e fortalecimento de músculos específicos – é isso que faz uma patologia ortopédica alcançar a cura mais rápida e eficiente”, finaliza o fisioterapeuta.
Fonte: Saúde em Dia
Comments