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Sexo: as francesas são as europeias menos satisfeitas em 2021, segundo estudo


 
 

As mulheres francesas parecem muito menos realizadas do que suas vizinhas alemãs e britânicas: elas são 35% a dizer que estão insatisfeitas com suas relações sexuais, ou seja, mais do que em 2016. Há cinco anos, 31% das francesas admitiam não ter prazer suficiente com o parceiro. Eles são ainda mais numerosos hoje.

É lógico, portanto, observar que as francesas têm hoje menos relações sexuais do que em 2016: há cinco anos, 18% delas declararam ter mais de duas relações íntimas por semana. Em 2021, são apenas 8%, segundo estudo publicado na sexta-feira (3) pelo Observatório Europeu da Sexualidade Feminina.

Na Alemanha e na Grã-Bretanha, a frustração é menor, de acordo com o estudo: 23% das alemãs dizem estar insatisfeitas, contra 27% no Reino Unido. Impacto da pandemia? Obviamente, o período durante o qual esta pesquisa foi conduzida não é trivial. Em março, a França foi submetida a novas restrições, em meio à terceira onda da epidemia de Covid-19. A proximidade forçada com o parceiro, mas também o estresse, a preocupação com o futuro e o cansaço relacionado às circunstâncias, inevitavelmente tiveram um impacto na vida sexual das francesas.

Mas estudos semelhantes, realizados nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, antes da crise, já mostravam um declínio da atividade sexual em adultos jovens. A explicação estaria, portanto, em outro lugar. O movimento #MeToo, em particular, teve seu papel. As mulheres tomaram a palavra publicamente para falar sem tabu sobre sua intimidade, sua busca por prazer e sua rejeição à submissão.

Influenciadoras, nas redes sociais, têm questionado ideias prontas sobre a sexualidade feminina. Por que aceitar sexo sem desejo e sem prazer? Por que se submeter a práticas indesejadas? Mulheres mais informadas e mais exigentes Jüne Plã não se surpreendeu com os resultados desta pesquisa. A ilustradora e autora francesa tem feito sucesso, primeiro nas redes sociais e depois nas livrarias, com seus desenhos muito explícitos das diversas formas de buscar o prazer. “As mulheres têm muito mais informações sobre a sexualidade, sobre como seu corpo funciona”, explica Jüne Plã. "Elas sabem que podem ser mais exigentes e que podem ter mais. " Para a autora, os homens têm poucas desculpas para não evoluir em sua sexualidade: os recursos são numerosos e gratuitos nas redes sociais, em especial. A conta do Instagram “Jouissance Club de la jeune femme” (algo como Clube do Prazer da Mulher, em tradução livre) tem mais de 900 mil seguidores. “Mas mais de 70% das pessoas que me seguem são mulheres”, diz ela. "Seria bom se os homens também fizessem o caminho para buscar ideias e aprimorar seus conhecimentos."

Segundo a artista, as mulheres muitas vezes se veem obrigadas a explicar ao parceiro o que precisam e se encontram em um papel que já conhecem muito bem no dia a dia, em casa ou com a família: o de "professora". Jogos de submissão Esse questionamento da sexualidade feminina certamente explicaria outra lição da pesquisa do Observatório Europeu da Sexualidade Feminina. No seu conjunto, as mulheres europeias abandonaram determinados jogos sexuais, promovidos pela indústria pornográfica, que colocam as mulheres numa situação de dominação diante de seus parceiros.


Fonte: G1

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