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‘Queimação nas partes íntimas’: britânica é diagnosticada com distúrbio que a deixa excitada o tempo todo



Scarlet Kaitlin Wallen, 21, enfrenta desde os seis anos uma sensação dolorosa e ininterrupta de queimação em suas partes íntimas. Ela foi diagnosticada com distúrbio de excitação genital persistente (PGAD). Apesar de a maioria dos pacientes sentir uma sensação de excitação sexual, a condição de Wallen é mais relacionada à dor do que ao prazer.


A mulher diz que sente como se alguém colocasse “alfinetes e agulhas” na vulva, como se estivesse sendo “queimada”. Wallen afirma que passou sua infância e adolescência reclusa por conta de suas dores e acabou desenvolvendo outras condições como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), ansiedade e depressão.


Pouco antes de terminar o ensino médio, em 2020, Wallen foi ao médico pela primeira vez para poder frequentar a faculdade e ter uma vida normal.


“Aos 18 anos, eu tinha certeza de que meu corpo estava me atacando. Então escrevi uma carta para meus pais. Escrevi que tinha uma dor nervosa ininterrupta que nem era dor, era pior. Eu disse a eles que era algo sobre o qual não tinha controle. Eu não queria contar a eles cara a cara, mas estava ficando tão ruim que não conseguia mais esconder isso deles”, conta.


Foi então que ela foi diagnosticada não só com PGAD, mas de outra condição – vestibulodínia neuroproliferativa congênita – o que significa que os nervos pélvicos são hipersensíveis ao toque, o que os médicos acreditam que tenha causado a síndrome.


Durante o exame, os médicos ainda descobriram outros problemas em Wallen, como uma vagina duplicada, que não estava ligada ao seu PGAD. A jovem precisou fazer duas cirurgias. A primeira para remover o tecido bloqueado que estava fazendo com que sua parte íntima se dividisse em duas, para depois realizar a vestibulectomia, cirurgia para remover tecido doloroso da vagina.


“Disseram-me que havia uma possibilidade significativa de que eu não seria capaz de sentir qualquer tipo de excitação sexual natural novamente se tivesse tudo removido. Ainda quero ter uma relação sexual. Só tenho esperança de um dia poder viver uma vida normal”, explica.

O PGAD afeta cerca de 1% da população, principalmente mulheres.


Fonte: O Globo

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