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Pessoas mais sensíveis têm maior probabilidade de apresentar problemas de saúde mental, diz estudo

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Pessoas altamente sensíveis têm maior probabilidade de apresentar transtornos como depressão e ansiedade. É o que mostra uma meta-análise de 33 estudos sobre o tema, conduzida por pesquisadores da Universidade Queen Mary e da Universidade de Surrey, ambas no Reino Unido, e publicada na revista científica Clinical Psychological Science.


Os responsáveis pelo trabalho explicam que a sensibilidade é definida como um traço da personalidade que reflete a capacidade de indivíduos de perceber e processar estímulos tanto ambientais, como luzes fortes e mudanças sutis ao seu redor, como do humor de outras pessoas.


Em nota, o autor do estudo, Tom Falkenstein, psicoterapeuta e estudante de doutorado na Universidade Queen Mary, diz que essa é a revisão mais extensa já feita sobre uma possível associação entre sensibilidade e saúde mental.


“Encontramos correlações positivas e moderadas entre sensibilidade e diversos problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, agorafobia e transtorno de personalidade evitativa”, diz.


Os estudos analisados foram conduzidos em diversos países, como Japão, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, entre outros. Eles foram publicados entre 2000 e 2024 e englobaram um total de 12.697 participantes.


“Nossos achados sugerem que a sensibilidade deve ser considerada com mais atenção na prática clínica, o que poderia ser usado para melhorar o diagnóstico dessas condições”, continua Falkenstein.


Ele cita que 31% da população geral é considerada altamente sensível, e que os resultados da revisão mostraram que esses indivíduos também têm maior probabilidade de responder melhor a algumas intervenções psicológicas, como técnicas como relaxamento aplicado e mindfulness.


“Nosso trabalho mostra que é crucial aumentar a conscientização sobre a sensibilidade entre os profissionais de saúde mental, para que clínicos e terapeutas possam reconhecer esse traço em seus pacientes e adaptar o tratamento à sua sensibilidade”, defende.


Michael Pluess, professor de Psicologia do Desenvolvimento na Universidade de Surrey, que também participou do estudo, lembra que, embora essa seja a primeira evidência robusta de que esses indivíduos estão mais propensos a problemas de saúde mental, eles também tendem a ter mais experiências positivas do que a população geral.


“É importante lembrar que pessoas altamente sensíveis também são mais receptivas a experiências positivas, incluindo tratamentos psicológicos. Nossos resultados fornecem mais evidências de que pessoas sensíveis são mais afetadas tanto por experiências negativas quanto positivas e que a qualidade de seu ambiente é particularmente importante para seu bem-estar”, explica.


Fonte: O Globo

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