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Opinião do Especialista | Nutricionista esclarece dúvidas sobre o jejum

Atualizado: 28 de jan. de 2021


 
 

Acompanhando as redes sociais ou grupos de amigos, você com certeza conhece algum adepto ao jejum para emagrecimento. Apesar de ser uma prática aparentemente “milagrosa” para quem busca eliminar uns quilos, o jejum não é indicado para todos os tipos de pacientes e, em alguns casos, pode trazer resultados não esperados.


O Portal Saúde Agora perguntou à nutricionista Selma Lopes de Oliveira (CRN 3895) quais os riscos e benefícios do jejum. Confira a seguir a opinião da especialista:


Dra. Selma Lopes de Oliveira - CRN 3895

Portal Saúde Agora: Afinal, o jejum é uma boa opção para emagrecimento? Quais os riscos?


Dra. Selma Lopes de Oliveira: O jejum é uma estratégia alimentar que intercala períodos programados de ausência de alimentação com períodos de ingestão controlada de alimentos. É indicado para o emagrecimento e também para fatores ligados ao excesso de peso como a redução dos níveis do LDL (conhecido como colesterol ruim), dos triglicerídeos, da pressão arterial, da ansiedade, da resistência à insulina, além de ajustar os hormônios relacionados às massas corporais e melhorar a concentração.


Quando feito de forma errada, não programada e sem supervisão de um nutricionista ou médico especialista é muito comum a pessoa apresentar hiperfagia (superalimentação) no horário das refeições permitidas, desnutrição, queda de cabelo, hipoglicemia, desidratação, fraqueza, perda muscular e óssea, piora na concentração, redução metabólica e ganho posterior de peso de gordura. Além disso, períodos de jejum muito extensos podem alterar o equilíbrio da produção dos hormônios da fome/saciedade, o que pode promover distúrbio em longo prazo.



Portal Saúde Agora: Qualquer pessoa pode fazer o jejum intermitente? Quais as recomendações?


Dra. Selma Lopes de Oliveira: O jejum intermitente não é por todos! É contraindicado para crianças, gestantes, idosos, diabéticos, pessoas com insuficiência renal e transtornos gástricos, lactantes, pessoas com histórico prévio de transtornos alimentares (bulimia, anorexia nervosa, transtorno de compulsão alimentar), pacientes com sistema imunológico deficiente, anêmicos e em uso de medicamentos controlados.


O protocolo utilizado varia para cada caso. Não deve exceder mais de 20 horas seguidas, evitar jejuar mais do que três vezes na semana e por mais de 2 meses seguidos.


O jejum é indicado e tem maior êxito em pessoas que já seguem uma alimentação equilibrada e, principalmente, uma dieta com baixa ingestão de carboidratos (low carb).


Por isso, é importante ressaltar que deve ser prescrito e adaptado por um nutricionista que avaliará a situação individualmente.


Selma Lopes de Oliveira é nutricionista atuante no Centro Clínico Salutá, no DF.


Instagram Centro Clínico Salutá: instagram.com/hospitalsaluta


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