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OMS: sistema de saúde do Brasil ainda é pressionado pela Covid-19


GENEBRA — Dois dias depois de o Brasil atingir a marca de 100 mil mortos pela Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o sistema de saúde brasileiro ainda está fortemente pressionado pela pandemia. O diretor-executivo do programa de emergências em saúde da entidade, Michael Ryan, afirmou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira que a hidroxicloroquina não deve ser encarada nesse contexto de saturação como uma "bala de prata" contra a doença. Ryan repetiu a mesma expressão que repercutiu na última semana quando o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a possibilidade da ciência nunca encontrar uma vacina eficaz ou de efeitos duradouros contra o novo coronavírus. — O Brasil tem mantido uma epidemia de nível muito alto. A curva achatou de certa maneira (no patamar de 50 a 60 mil casos diários), mas não dá trégua e o sistema (de saúde) está sob intena pressão — afirmou Ryan a respeito do platô de casos no país.  — Em uma situação como essa, a hidroxicloroquina não é uma soluçao nem uma bala de prata. Segundo o último boletim do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, divulgado as 8h desta segunda-feira, o país tem 3.035.649 casos de Covid-19 e 101.142 vítimas fatais da doença.

O diretor-executivo do programa avaliou, ainda, que o Sars-CoV-2 tem se mostrado "excepcionalmente difícil" de se conter, o que reforça a necessidade dos paises coordenarem estratégias contra o patógeno. — (O vírus) É brutal na sua simplicidade, é brutal na sua crueldade, mas ele não tem cérebro. Nós temos os cérebros. Nós temos a capacidade de sermos mais espertos do que algo que não dispõe de um cérebro, mas não estamos fazendo um bom trabalho a essa altura — disse Ryan. Um dos pontos centrais da dinâmica pandemia, segundo o diretor-executivo, é que o coronavírus não demonstrou qualquer caráter sazonal até o momento. Por isso, o representante da OMS alertou que qualquer relaxamento quanto às medidas de contenção será acompanhado de um efeito chicote.

Evocando o mantra da OMS sobre a principal medida de combate ao Sars-CoV-2, "testar, testar, testar",  Adhanom afirmou na mesma coletiva de imprensa que a mensagem agora é "suprimir, suprimir, suprimir" o novo coronavírus. O mundo se aproxima de 20 milhões de casos notificados da doença, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA).


Fonte: O Globo

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