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Má alimentação é uma das principais causa da doença do refluxo

Azia, queimação, dores no peito e até tosse. Antes de correr para o pronto-socorro, saiba que esses sintomas juntos podem ser, em grande parte dos casos, um velho conhecido chamado refluxo. A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FGB) realizou um estudo e descobriu um dado surpreendente: 51% da população convive semanalmente com os desconfortos causados pelo retorno do ácido do estômago para o esôfago. Afinal, em que momento é preciso se preocupar? É só passageiro ou é uma doença? Quem responde a essas questões é Julierme Mellinger (CRM 19531), médico de família da Clinipam. “As pessoas devem procurar um médico quando sentem que o incômodo toma uma proporção maior do que o normal, afetando a qualidade de vida”, diz.

Ainda de acordo com o estudo da FGB, as mulheres são as que mais sofrem com os sintomas do refluxo, potencializado pelo estilo de vida. A obesidade, o sedentarismo e o tabagismo das pacientes entre 36 e 47 anos são os fatores responsáveis por aumentar a incidência do problema.

O que é a doença do refluxo?

A regurgitação é um dos sintomas mais comuns, caracterizada pela sensação de que a comida “voltou” para a garganta. A sensação de ardência, mais conhecida como azia, também aparece quando os ácidos relacionados à digestão escapam do estômago e sobem para o esôfago. Entre um desconforto pontual e um incômodo constante, o que faz a diferença é a avaliação médica. “Não existe um critério muito bem estabelecido para diferenciar a azia comum da doença do refluxo. Quando os sintomas passam a interferir no dia a dia, o diagnóstico é necessário para iniciar um tratamento acompanhado”, detalha Mellinger.

A análise é realizada por meio de exames clínicos. Quando há maior gravidade, a recomendação é realizar a endoscopia. Embora não seja obrigatório para todos os pacientes, esse procedimento é a maneira mais eficiente de obter um diagnóstico mais confiável e avaliar possíveis complicações e até diagnosticar outras doenças. A endoscopia analisa o pH do esôfago, indicando se há ácidos gástricos subindo para a região.

Mudança de hábitos

As recomendações para evitar o refluxo passam, obrigatoriamente, pelo prato. Alimentos gordurosos, frituras e bebidas gaseificadas estimulam a produção do ácido digestivo em excesso. A mudança no estilo de vida deve permitir que o paciente coma com calma, prezando pela qualidade do tempo durante as refeições. “Situações que influenciam o sistema nervoso autônomo e ansiedade também trazem os sintomas. É importante se alimentar sem pressa, fracionar as porções e não consumir líquidos junto com a comida”, alerta Mellinger.

Em muitos casos, a doença do refluxo pode exigir tratamento medicamentoso, com bons resultados na maioria dos pacientes. Mas é fundamental promover uma mudança no estilo de vida para se livrar do problema. “É preciso corrigir os fatores de risco. Alguns hábitos conhecidamente pioram o quadro de refluxo, como o tabagismo, o consumo de álcool, o excesso de peso e a má alimentação. De nada adianta fazer todo o tratamento se não houverem as devidas readequações”, conclui o médico.

Fonte: G1

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