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Imunidade infantil: primeiros cuidados com a saúde do bebê

Os primeiros meses de vida do bebê costumam ser tumultuados para toda a família. Além de se adaptar a uma nova rotina, é comum que nessa fase os recém-nascidos sofram com cólicas. O sistema digestivo está “aprendendo” a funcionar e a introdução do leite materno provoca gases e estufamento. O resultado são noites de choro e pais desesperados. No entanto, o problema é comum até o terceiro mês de vida – depois disso, a tendência é que as cólicas diminuam. A amamentação também envolve dificuldades para a mamãe, que em muitos casos precisa recorrer a consultorias especializadas no assunto. Um processo difícil, doloroso, mas extremamente importante para a imunidade do bebê. “O leite materno é fundamental na prevenção de doenças, já que provém as células de defesa do organismo. Crianças que mamam adoecem menos de infecções tanto de aparelho digestivo quanto de aparelho respiratório. Vale lembrar que alergias e diabete são menos comuns às pessoas que foram amamentadas”, explica Adriele Piovesana (COREN 554477), enfermeira da gerência médica da Clinipam.

Como se forma o sistema imunológico das crianças?

Ainda durante a gestação, o organismo do bebê começa a se preparar para a vida fora da barriga. Assim que nasce, o sistema imunológico passa por um processo de maturação – o ápice acontece entre dois e quatro anos de vida. Por isso é tão importante manter o calendário de vacinas em dia. As doses oferecem proteção contra as doenças mais comuns na infância, causadas por vírus que o organismo infantil ainda não conhece. “A proteção vai acontecendo à medida em que as primeiras doses são dadas, logo ao nascer e no primeiro mês de vida. Os mecanismos mais eficazes de defesa contra infecções se formam perto dos 4 meses. Em torno dos 2 aos 4 anos, células específicas, anticorpos, imunoglobulinas, imunorreguladores, citocinas e já provêm à criança um sistema imunológico bastante eficaz”, diz Adriele.

Primeiros cuidados com a saúde do bebê

Nas primeiras semanas de vida, o bebê deve ficar em casa todo o tempo, acompanhado da mãe. A saída só é necessária para consultas médicas e vacinas e alguns cuidados extras devem ser incluídos no dia a dia da família. “É mais indicado manter a criança longe dos ambientes onde haja a possibilidade de contato com germes”, alerta Adriele. Além das viroses, a pele do recém-nascido é bastante sensível. Um bebê de pele limpa e hidratada adoece menos, explica a enfermeira da Clinipam: “daí a importância de banhos diários com sabonetes neutros e água morninha, além de ser um excelente momento de interação do bebê com os pais”.

Na hora de receber visitas, recomenda-se evitar beijos direto na pele e qualquer contato sem o uso de álcool 70%. Não é frescura: a pele é um mecanismo de defesa contra infecções e o contato proporciona riscos desnecessários para a saúde das crianças. Outros pontos importantes são o estado nutricional, psicológico e ambiental dos bebês. “Quanto mais felizes, bem nutridos, morando bem com boas companhias, melhor é o sistema imunológico dos pequenos”, diz a enfermeira.

A partir de que idade o bebê pode ir à creche?

A rotina atribulada nem sempre permite que a mãe possa estender os cuidados integrais com o fim da licença maternidade. Sem outras opções, muitos casais precisam colocar os filhos na creche, antes mesmo de completarem um ano de vida. Adriele finaliza com algumas orientações para que a inserção na escolinha seja mais saudável: “nutrição adequada, higiene e um ambiente social familiar seguro, para que a criança sinta-se bem. Os pais também precisam ficar em dia com as rotinas vacinais e as campanhas sazonais, que ajudam bastante a evitar problemas. Hidratação constante, lavar as mãos e manter as salas arejadas são boas ferramentas de prevenção a infecções em ambientes onde há outras crianças”.

Fonte: G1

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