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'Foi um susto', diz médico que se tornou o 1º caso de reinfecção pelo coronavírus em MG


 
 

Um médico de 29 anos, sem comorbidades, é o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus confirmado em Minas Gerais. Fernando Henrique de Assis mora em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e atende pacientes no município, na capital e em Caeté. Ele teve o primeiro diagnóstico em maio e o segundo em janeiro.


A reinfecção acontece quando a pessoa se recupera da Covid-19 e, tempos depois, adoece novamente. Para confirmar a recontaminação, é preciso provar que o código genético do primeiro vírus é diferente do segundo. Este código é uma espécie de "impressão digital do vírus". Os primeiros sintomas que Fernando teve, em maio, foram febre, dor no corpo, dor de cabeça, tosse, dor de garganta e diarreia. O diagnóstico de Covid-19 foi feito pelo RT-PCR, que é o exame mais indicado para verificar a ação do vírus no organismo. Em janeiro, 230 dias depois, ele voltou a ter febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo. Novamente, o exame deu positivo. Após sequenciamento genético, foi constatado que eram cepas diferentes. “Foi um susto para mim. Não acreditava. Minhas amostras foram colhidas num hospital de BH e enviadas à Funed. Ontem recebi o resultado apontando a reinfecção. Foram duas cepas diferentes, a primeira brasileira e a segunda que tem maior circulação nos Estados Unidos", disse. O médico contou que esteve no Rio de Janeiro durante o mês de janeiro. “Mas não posso afirmar que peguei o vírus lá porque voltei para Minas, continuei trabalhando, até ter meu primeiro sintoma. Foi quando me afastei novamente por mais dez dias”, falou.

Fernando já voltou a trabalhar. “Estou bem, estou recuperado, não tive sequelas. Já tem quase dois meses que tive o primeiro sintoma. Agora já voltei à minha rotina normal”, contou.

Passado o susto da reinfecção, ele reforça a importância de manter os cuidados. “Continuo mantendo todos os cuidados, máscara, álcool gel, luvas e lavagem das mãos”. Como são as investigações Em Minas Gerais, as investigações de reinfecção são realizadas por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas) em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e regionais de saúde.

Pelo protocolo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) considera casos suspeitos de reinfecção aqueles em que a pessoa apresentou novo quadro clínico em período acima de 90 dias do primeiro episódio confirmado laboratorialmente.

Desde 7 de setembro, quando houve mudança no protocolo, todos os casos positivos para a Covid-19 com novo quadro clínico em período maior ou igual a 90 dias da primeira confirmação passaram a ser testados e notificados ao estado. As amostras positivas são enviadas à Funed, que faz sequenciamento genético para verificar a presença de mutações. O processo de investigação é iniciado com as notificações recebidas diariamente. A partir da identificação da origem das duas amostras, a Funed verifica a viabilidade das amostras. Caso as duas apresentem boa viabilidade, ou seja, se encontrado material genético do vírus, elas são encaminhadas para realização de sequenciamento genético com o objetivo de verificar se trata-se de vírus de linhagens diferentes.


Fonte: G1

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