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Fiocruz e Saúde estudam aplicação de dose única da vacina de Oxford


 
 

A vacina contra a Covid-19 produzida pela universidade de Oxford em parceria com a Astrazeneca pode ser aplicada em dose única no Brasil, afirmou nesta quinta-feira (7) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.


A CNN apurou que a Fundação Oswaldo Cruz, que produz o imunizante no Brasil, trabalha com a mesma possibilidade. A decisão ficará a cargo dos responsáveis pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.


A outra possibilidade é que, para imunizar o maior número possível de brasileiros em curto período, a vacina seja administrada em duas doses com intervalo de três meses. Este é o tempo entre a primeira e a segunda dose no Reino Unido, onde o imunizante está sendo aplicado desde o dia 4 deste mês.


No caso da Coronavac, cuja eficácia foi anunciada nesta quinta-feira (7), de 78%, o intervalo pode ser de 14 a 28 dias.


“Nesses casos, a decisão é do PNI, mas não é unilateral, precisa ser discutida. No caso da febre amarela, se você olhar o frasco, tem indicativo para que sejam duas doses. Mas o mundo todo administra uma só. É possível de fazer isso”, explicou à CNN a epidemiologista Carla Domingues, que já comandou o PNI.


O Brasil aguarda a chegada de 2 milhões de doses do imunizante contra Covid-19 importadas da Índia, que também produz a vacina. No Reino Unido, o avanço da segunda onda de Covid-19 e a circulação de uma nova variante do vírus motivaram a mudança de estratégia.


O primeiro resultado revisado da vacina, publicado em dezembro, apontou eficácia média de 70%.


Coronavac


Em relação à Coronavac, o intervalo previsto entre as duas doses é de 21 dias, conforme o Plano Estadual de Imunização (PEI) do governo de São Paulo, mas os testes clínicos indicam a possibilidade de se adotar de 14 a 28 dias entre cada aplicação.


No entanto, em função da limitação do estoque inicial do imunizante, poderia ser adotada uma estratégia alternativa, ampliando esse intervalo para até 8 semanas (56 dias).


Em contrapartida, seria aumentada a base de pessoas a receber a primeira dose da Coronavac, incluindo, por exemplo, a população paulista acima de 50 anos - hoje, o PEI prevê a imunização dos maiores de 60 anos como prioridade.


Essa hipótese ainda não foi oficialmente discutida pelo Comitê de Contingenciamento da Covid-19 no estado, pois isso dependeria do detalhamento dos dados científicos sobre a eficácia da Coronavac.


Para ser viável, a ampliação do prazo entre as doses depende da diferença de eficácia entre se tomar uma ou duas doses da vacina: caso esse número seja baixo, imunizar mais pessoas, ainda que com uma eficácia um pouco menor, pode ser mais eficiente para conter a epidemia do que a aplicação das duas doses em intervalo menor.


No pedido de registro à Anvisa, o Instituto Butantan apresentará os dados relativos à aplicação de duas doses da Coronavac. Os 13 mil voluntários dos testes clínicos ou receberam as duas injeções do imunizante, ou receberam placebo - não houve aplicação de apenas uma dose.


Fonte: CNN

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