Quer viver até os 100 anos? Aposte em jejuns periódicos, nos vegetais, frutas e até no chocolate amargo. Essa foi a conclusão de um estudo realizado pela Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Cell.
Os pesquisadores revisaram centenas de pesquisas para descobrir exatamente quais são os alimentos que mais contribuem para uma vida longa e saudável. Segundo eles, o ideal seria fazer jejum intermitente todos os dias, e consumir todos os alimentos do dia em uma janela de tempo de 12 horas.
Cortar a carne vermelha, diminuir a ingestão de peixe e frango e enriquecer o regime com legumes, grãos integrais e vegetais são algumas das dicas dos especialistas. Açúcar e alimentos feitos a partir de grãos refinados (pão branco e macarrão, por exemplo) devem ser evitados.
Os carboidratos podem ser consumidos em quantidades moderadas a altas, representando cerca de metade do consumo calórico diário. As proteínas devem ser “poucas, mas suficientes”, e vir de fontes vegetarianas. Um terço das calorias deve vir de gorduras vegetais, como azeite de oliva, óleo de coco e castanhas.
Principal autor do estudo, o especialista em envelhecimento e ciências biológicas Valter Longo explica que a dieta não foi pensada apenas para perder peso, e sim para diminuir o envelhecimento, ajudando a evitar doenças e mantendo a saúde na velhice.
Entre os estudos analisados, estão alguns que avaliam o vegetarianismo, veganismo, jejum intermitente, e as dietas low carb, mediterrânea e cetogênica.
Jejuns de desintoxicação
Longo sugere que pessoas com alta chance de desenvolver doenças relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e diabetes, façam jejum de até cinco dias a cada três ou quatro meses. Ele explica que não comer aumenta a autofagia, um mecanismo usado pelo corpo para “limpar” as células defeituosas e promover regeneração dos tecidos.
O hábito também aumentaria o metabolismo e diminuiria a velocidade da queda de imunidade que acontece naturalmente ao longo dos anos.
“A regulação dessa rede pró-longevidade pode atrasar e reduzir os fatores de risco e/ou a incidência de condições relacionadas com a idade, incluindo diabetes, câncer, problemas cardiovasculares e doenças neurodegenerativas”, escrevem os cientistas.
Para testar a dieta, os pesquisadores farão outro estudo, desta vez com 500 pessoas. Eles lembram que é preciso consultar um especialista antes de começar uma nova dieta, uma vez que as necessidades nutricionais variam conforme a idade, sexo, genética e condições de saúde.
Fonte: Metrópoles
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