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Como é a dermatoscopia, exame que identifica possível câncer de pele

Nesta quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter passado por um exame para investigar “possível câncer de pele”. “Não sei se vão fazer biópsia. Me cutucaram, furaram, deram anestesia”, disse o presidente logo após deixar o Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB) e se dirigir ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília.

A oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Veridiana Pires de Camargo, explica que o exame que detecta um possível câncer de pele é um exame clínico e indolor chamado de “dermatoscopia”.

“A pessoa fica somente com roupas íntimas e o um dermatologista especializado em câncer de pele examina, com uma lupa, todas as pintas do corpo do paciente, assim como a região embaixo das unhas e o couro cabeludo”, explica Veridiana.

Pessoas de pele clara como a do presidente, segundo a oncologista, devem fazer a dermatoscopia pelo menos uma vez ao ano. Já para acompanhamento de pintas e sinais suspeitos, com bordas assimétricas e coloração escura, o ideal é uma “dermatoscopia digital”, em que o médico fotografa a região suspeita a cada seis meses para acompanhar possíveis mudanças.

Veridiana também explica que homens de pele branca e com mais de 60 anos estão mais suscetíveis a terem um câncer de pele na região do nariz, testa e orelhas, principalmente aqueles que foram expostos ao sol ao longo da vida.

No caso de Bolsonaro, a suspeita de câncer de pele é justamente na orelha. “Eu tenho a pele clara, pesquei muito na minha vida, gosto muito da atividade. Então, a posição de câncer de pele existe”, disse o o presidente.

A especialista explica que os tumores não doem. “Todos os pacientes chegam no consultório dizendo que é uma casquinha que eles cutucam, sangra e depois se forma novamente”, afirma Veridiana.

Uma vez detectada uma pinta suspeita ou uma cicatriz suspeita, o dermatologista irá retirar o sinal e um patologista fará a biopsia do tecido.

“Geralmente a retirada da pinta já resolve o problema do câncer de pele. Se não for um melanoma, o tipo mais agressivo, e não houver metástase, não se faz quimioterapia”, explica a especialista. “Não é um procedimento complexo. O paciente recebe uma anestesia local e não sente dor. É rápido. Depois é só fazer um acompanhamento uma vez no ano”.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, se diagnosticado e tratado precocemente, o melanoma não provoca metástases e tem enormes chances de cura.

Dermatologista orienta sobre o câncer de pele

Dezembro Laranja

Para alertar a sociedade sobre a importância da prevenção ao câncer da pele e da visita regular ao dermatologista, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove, desde 2014, o Dezembro Laranja.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é um dos mais frequentes entre os brasileiros, com o registro de 180 mil novos casos no país a cada ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de pele é responsável por 33% de todos os diagnósticos da doença no país. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

Fonte: G1

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