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Cão vira celebridade em BH após enfrentar doença


 
 

O golden retriever Yamandu completa 12 anos no dia 25 de janeiro de uma vida respeitável. Desde que ele tinha 1 ano, viralizou nas redes sociais e, a partir daí, virou celebridade canina na capital mineira e até passou a protagonizar comerciais publicitários – cuja renda é revertida para ajudar outros bichinhos.


Foram peças para supermercados, shoppings, ração, bares e restaurantes, além de ele ser embaixador de uma marca de produtos pet.

Em alguns casos, o cachê é pago com sacos de ração, que são doados para organizações não-governamentais (ONGs) que cuidam de animais abandonados e que precisam ser adotados. De acordo com a tutora, a fotógrafa Ana Slika, de 37 anos, quando o "trabalho" é pago com dinheiro, a quantia também é doada para ONGs.

Yamandu também pratica outras boas ações, como ser "voluntário" como cão-terapeuta em hospitais de Belo Horizonte. Mas como o doguinho virou celebridade, afinal?

Ana conta que, quando ele tinha apenas 1 ano, Yamandu ficou doente com feridas, insuficiência renal e babesiose – doença transmitida pelo carrapato marrom que infecta o sangue. Na ocasião, ela organizou uma rifa para custear os tratamentos.

A ação foi divulgada em jornais e, a partir daí, Yamandu começou a fazer fama nas redes sociais e depois a "carreira" se expandiu. Somente no Instagram, ele tem 15 mil seguidores. "Eu não uso ele como minha fonte de renda. Eu deixo ele ser mais cachorro do que 'blogueiro'", brinca Ana. Susto A idade pesa para todos e com Yamandu não foi diferente. Em outubro deste ano, Ana percebeu que ele estava diferente, com dificuldade para andar, e o levou a uma clínica veterinária.

Ele fez exames de sangue, urina e raios-x, e uma artrose foi diagnosticada. Já um ultrassom na barriga mostrou que o golden tinha um tumor maligno de dois centímetros no baço.

A orientação foi que ele fizesse cirurgia para retirar o órgão. No dia 8 de novembro, o cachorro passou pelo procedimento, sem intercorrências. Com relação à artrose nas patas traseiras, assim como nos seres humanos não há cura, somente tratamentos paliativos. Além de remédios, Yamandu faz sessões de fisioterapia e acupuntura, e usa bolsa com água quente para aliviar a dor. Mais para frente, depois que ele estiver restabelecido na cirurgia, deve fazer outra – uma raspagem nos ossos afetados pela doença.

Para ajudar na locomoção do animal, algumas adaptações foram feitas, como a colocação de tatames no chão e nas escadas para evitar escorregões, diminuição do tamanho dos pés da cama de Ana e substituição da ração por alimentos naturais.

O medo da fotógrafa foi perder Yamandu. Segundo ela, a primeira pergunta feita ao médico veterinário foi: "Ele vai morrer?". A resposta foi que não agora, o que acalmou o coração da tutora. Matilda A vida feliz de Yamandu é compartilhada há um ano com a "irmã", Matilda, de 2, uma vira-lata caramelo abandonada às margens da BR-040, na Grande BH.

Ela tem deficiência física, sem a pata traseira direita. Depois de ser resgatada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e levada até uma clínica veterinária, Matilda foi adotada por Ana. "Ninguém queria a Matida por ela ser deficiente, mas eu adotei". Segunda ela, Yamandu e Matilda se dão super bem e um faz companhia para o outro.

Ana diz que, para adotar um bichinho, tenha ele deficiência ou não, é preciso ter consciência e disposição para criá-lo. "As pessoas têm que pensar muito, porque é uma jornada que precisa de muito cuidado, tem muito gasto e muita responsabilidade".


Fonte: G1

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