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Brincadeiras de antigamente espantam o sedentarismo com diversão



A pandemia de Covid-19 resultou em adultos mais ansiosos e crianças mais sedentárias. Neste dia 12 de outubro, o profissional de educação física e pai Alexandre Campanelli dá dicas e até reinventa brincadeiras de criança de antigamente. Ele explica que é brincando que os pequenos se movimentam e escapam da armadilha do sedentarismo infantil, e dá dicas de quatro brincadeiras que fazem a alegria de sua filha, Paola, de 6 anos, e de qualquer criança. Para Campanelli, que também é pai de Miguel, de 13 anos, tirar as crianças um pouco da frente das telas e colocá-las para se mexer gera inúmeros benefícios.

- Reduz o risco de obesidade, ansiedade e estresse. Gera aumento de força e resistência, ajudando a construir ossos e músculos saudáveis. Aumenta a autoestima e promove o amadurecimento das habilidades motoras. No final, estimula a criação de hábitos de vida saudáveis - enumera Campanelli.

Nesse momento de flexibilização das regras da quarentena, mas em que ainda há necessidade de uma série de cuidados para evitar a propagação do coronavírus, o profissional indica ainda atividades ao ar livre e esportes individuais, como andar de bicicleta, patinete, skate e patins, evitando sempre a aglomeração e esportes com contato físico. Para ganhar o interesse das crianças de hoje, muito voltado para telas de tablet, celular e televisão, ele propõe que se crie uma rotina de brincadeiras e exercícios.

- Quando traçamos uma rotina em conjunto com nossos filhos, proporcionamos um maior envolvimento. Combinados são fundamentais para este momento. Estipule um número exato de horas ou minutos por dia de estímulo tecnológico. E procure participar em algum momento das brincadeiras. Trinta minutos por dia de brincadeiras com nossos filhos têm grande valor na formação e desenvolvimento - avalia ele, que sugere que se dê uma nova cara às brincadeiras de antigamente. - As brincadeiras antigas são sempre repaginadas de acordo com as demandas da época. Em um momento onde o distanciamento é uma regra, as crianças acabam criando novas possibilidades. Crianças têm um poder de adaptação muito maior do que os adultos. Esses jogos vindos de um passado sem tantas atrações tecnológicas trabalham regras, percepção espacial, equilíbrio, força e resistência.

- O brincar está sendo fundamental para o bem-estar de nossa família durante a pandemia - conta. 4 brincadeiras versão pandemia

Arremesso de aviões de papel:

Primeiro, ensine as crianças a fazer aviõezinhos de papel. Dá para testar vários modelos diferentes. Então, faça uma linha no chão com fita crepe e marque distâncias com diferentes pontuações. Depois é só brincar de jogar os aviões e ver qual consegue ir mais longe ou fazer a melhor pirueta.

Para movimentar todo o corpo:

As vezes o corpo “grita” pedindo para se movimentar. Neste caso, vale pular amarelinha, pular corda, dar cambalhotas, rodar bambolês, pular elástico. Pensando sempre que na atual realidade, as crianças vão brincar cada uma com o seu objeto e com distanciamento. O ato de emprestar, que sempre foi um exercício fundamental no momento da brincadeira, vai precisar de uma pausa. Bola de meia:

Para fazer uma bola de meia, você vai precisar de meias usadas, jornal ou sacos plásticos, linha e agulha. Primeiro, pegue o jornal ou os sacos plásticos e faça uma bola; não aperte muito, a ideia que ela tenha volume e não fique muito pesada. Depois, pegue a meia e envolva a bolinha. Em seguida, vire-a do avesso e repita a ação sucessivamente até chegar ao fim da meia. Se preferir, utilize a tesoura e corte a meia, utilizando diversas meias para fazer uma bola. No fim, pegue a agulha e a linha e costure as duas pontas que sobraram, para não soltar.

Você pode desafiar as crianças: elas devem jogar a bola para cima, bater uma palma e pegá-la novamente, sem deixar cair. A partir daí, basta usar a criatividade: pode ir aumentando o número de palmas, pedir para que elas girem, pulem com um pé só ou agachem, por exemplo. Além disso, você pode enfileirar garrafas pet e jogar a bola para tentar derrubar o máximo de garrafas possíveis, como em uma partida de boliche. Outra sugestão é fazer com que as crianças peguem a bola com os pés e tentem colocá-las dentro de uma caixa.

Mestre mandou, maestro:

Sempre com distanciamento. O mestre estará de máscara e por isso não irá mais falar. A criança que for o mestre irá somente fazer um movimento enquanto as outras irão imitar. A criança que ficou de fora terá que adivinhar quem é o mestre.


Fonte: Globoesporte

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