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Brasil tem queda de 37% no número de transplantes, aponta Ministério da Saúde



O Brasil registrou uma queda de 37% no número de transplantes realizados entre janeiro e julho de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019, anunciou nesta quinta-feira (24) o Ministério da Saúde. A pasta associou a queda à pandemia de Covid-19, que já deixou mais de 139 mil mortos no país.


De janeiro a julho de 2019, foram realizados 15.827 transplantes no país; neste ano, no mesmo período, foram 9.952 procedimentos. Até 31 de julho, havia 46.181 pacientes aguardavam um órgão no país. A fila é centralizada por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). O órgão mais transplantado neste ano, assim como no ano passado, foi o rim: foram 2.759 cirurgias em 2020, comparadas a 3.569 no ano passado (queda de cerca de 23%). A maior queda foi nos transplantes de córnea: foram 8.460 em 2019, comparados a 4.163 neste ano (queda de 51%).

Segundo a pasta, não há relatos, até agora, de pacientes que se infectaram com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) durante a realização de transplantes. Campanha para doação O ministério lançou uma campanha para doação de órgãos. Segundo o governo, houve uma queda de 8,4% no número de doadores no país: de janeiro a julho de 2019, foram 6.466 doadores, comparados a 5.922 doadores neste ano. Para ser um doador, é preciso conversar com a família sobre esse desejo e deixar claro que os familiares devem autorizar a doação de órgãos. Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, mas, segundo o Ministério da Saúde, na maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. A doação de órgãos é gratuita e não tem compensação financeira.

De acordo com a pasta, neste ano, o país teve uma taxa de autorização de doações de 68,2%. Existem dois tipos de doador:

  • O primeiro é o doador vivo, que pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, contanto que este procedimento seja seguro. Um doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.

  • Mas a maior parte dos transplantes é feita com doadores falecidos – em pacientes que tiveram morte encefálica. A morte tem que ser verificada pela equipe médica e comprovada clinicamente a partir de exames laboratoriais.

O Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país, segundo o Ministério da Saúde. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA.


Fonte: G1

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