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Após pressão de Trump, farmacêutica reduz preço do Ozempic à metade nos EUA

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A Novo Nordisk está reduzindo o preço do Ozempic para pacientes que pagam em dinheiro, depois que a injeção à base de semaglutida — voltadas para o tratamento de diabetes tipo 2, mas muito vendida por seus efeitos emagrecedores — se tornou o símbolo dos altos preços de medicamentos nos Estados Unidos.


Agora, os pacientes podem comprar o medicamento por US$ 499 (cerca de R$ 2.700) por mês — cerca de metade do preço de tabela nos EUA — por meio da farmácia própria da Novo Nordisk, a NovoCare, informou a empresa em comunicado nesta segunda-feira.


A companhia também está fazendo parceria com a GoodRx Holdings para oferecer o Ozempic e seu medicamento “irmão” para emagrecimento, o Wegovy, pelo mesmo valor em farmácias de todo o país.


O presidente Donald Trump vem pressionando as farmacêuticas a reduzirem preços, incluindo o envio de cartas para fabricantes como a Novo exigindo ações. A administração Biden já havia tentado convencer a empresa dinamarquesa a baixar o preço do Ozempic, seu medicamento mais vendido, mas sem sucesso.


A Novo Nordisk afirmou que a oferta não tem relação com suas discussões com o governo dos EUA.


Após o anúncio, as ações da Novo subiram até 7,8% no pico da sessão. O papel já vinha em alta nesta segunda-feira, depois que o Wegovy recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para tratar uma forma grave de doença hepática.


A notícia também fez as ações da GoodRx dispararem 39%, sua maior alta intradiária desde setembro de 2020. A CEO da GoodRx, Wendy Barnes, disse que a parceria com a Novo torna muito mais fácil para os pacientes obterem uma versão mais acessível dos medicamentos.


— Somos o principal marketplace de marcas para busca de preços em dinheiro de medicamentos de marca e genéricos, e por isso já temos milhões de consumidores procurando por esse tipo de produto — disse Barnes em entrevista à Bloomberg TV. — É aqui que eles buscam o preço mais acessível e a possibilidade de acesso.


A Novo Nordisk começou a vender o Wegovy diretamente aos consumidores em março, seguindo o exemplo anterior da Lilly. As duas farmacêuticas vêm enfrentando o uso disseminado de versões mais baratas e imitadoras de suas injeções — conhecidas como medicamentos manipulados — que se popularizaram durante os períodos de escassez de oferta.


Diferentemente dos remédios para emagrecimento, o Ozempic é amplamente coberto por planos de saúde para o tratamento do diabetes. Os pacientes raramente pagam o preço integral. No entanto, a Novo afirmou que sua nova oferta ampliará a disponibilidade para aqueles que não têm cobertura de planos de saúde, permitindo acesso a uma versão mais acessível do medicamento.


“Embora o Ozempic seja bem coberto nos EUA, não podemos esquecer que existem pacientes que pagam do próprio bolso por esse medicamento vital”, disse Dave Moore, chefe das operações da Novo nos EUA, em comunicado. “Acreditamos que, se mesmo um único paciente sentir a necessidade de recorrer a alternativas potencialmente inseguras e não aprovadas, isso já é demais.”


A medida ocorre após uma longa e contenciosa disputa sobre o preço do Ozempic, durante a qual parlamentares de ambos os partidos usaram o caso como exemplo de como as farmacêuticas cobram muito mais por seus medicamentos nos EUA do que em outras partes do mundo.


No ano passado, o ex-CEO da Novo, Lars Fruergaard Jorgensen, foi convocado a depor em uma comissão do Congresso sobre o preço dos medicamentos da empresa.


Fonte: O Globo

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