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Aos 18 anos, 1º lugar em medicina da USP quer ser neurologista porque perdeu parente com Alzheimer


 
 

Aos 18 anos, Felipe Amendola foi aprovado em 1º lugar no curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP) pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Recém-formado em um colégio particular do Rio, ele sequer fez cursinho pré-vestibular: estudou em casa, gabaritou matemática no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e tirou 853.4 na nota final.


O sonho do jovem é concluir a graduação e se especializar em neurologia, para evitar que outras famílias passem pelo mesmo sofrimento vivido por ele na perda de sua tia-avó. “Ela teve Mal de Alzheimer recentemente, e foi muito difícil ver a doença acontecer. É como se a pessoa fosse morrendo aos poucos”, conta. Felipe já almejava seguir a carreira de medicina, mas ainda não havia escolhido uma especialidade. Agora, ele quer desenvolver pesquisas sobre prevenção e tratamento da doença.

“O que aconteceu com a minha tia-avó me despertou um interesse muito grande para essa área, como se fosse um chamado mesmo”, afirma.

As aulas ainda não começaram, mas ele já tem planos. “Quero fazer um pós-doutorado em Harvard. Preciso pensar longe, né?”, diz.

Bullying e saúde emocional No ensino fundamental, Felipe sofreu bullying dos colegas na escola onde estudava. Fez terapia, procurou ajuda da família e dos amigos, e decidiu que o melhor seria mudar de instituição — em 2016, matriculou-se no Colégio pH (RJ), onde “passou a se sentir motivado”.

Ele já era um aluno dedicado, mas foi só no último ano do ensino médio que, com o objetivo claro de cursar medicina, resolveu, nas palavras dele, “meter a cara nos estudos”. “Eu tinha aula das 7h às 13h45, aí almoçava e descansava um pouco. Depois, fazia bastante simulado e testava estratégias que poderiam me ajudar no dia da prova”, conta. Mesmo morando no Rio, Felipe queria estudar na Universidade de São Paulo, por causa da infraestrutura, das possibilidades de pesquisa e dos hospitais universitários. Ele sabia que, com a alta concorrência, precisaria montar uma rotina rígida de preparo para a Fuvest e para o Enem.

Mas nada que pudesse abalar novamente sua saúde emocional. “Mesmo em casa, por causa da pandemia, eu fiz ioga e meditação. Ah, e dormir é sagrado, né? Ninguém mexe nas minhas oito horinhas de sono, nem que eu precise deixar de entregar um trabalho”, brinca.


Fonte: G1

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