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Alumínio no desodorante: a substância faz ou não faz mal à saúde?


 
 

Além da função de reduzir o cheiro, os antitranspirantes ajudam a bloquear a saída de suor pelas glândulas. O alumínio faz parte da composição dos produtos e é comumente usado para tal finalidade, mas algumas alternativas surgem com o argumento de serem "mais seguras".


Mas, afinal, usar um antitranspirante com alumínio diariamente pode fazer mal à saúde? Especialistas consultados pelo g1 apontam que não há nada comprovado neste sentido. "Não existem evidências científicas de que os sais alumínio, incluídos nos desodorantes, façam mal à saúde. Não há relação comprovada entre esses produtos e o câncer de mama", afirma Leonardo Abrucio Neto, dermatologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP). O especialista explica que os sais de alumínio, ao entrar em contato com a pele, se dissolvem e se transformam em um gel, que atua como uma película protetora na superfície e controla a liberação do suor ao longo do dia. Segundo ele, é uma ação gradual em relação ao bloqueio da produção do suor pelas glândulas sudoríparas.

"O uso do alumínio não afeta a capacidade do organismo de se resfriar quando submetido a um fator de aquecimento, porque a transpiração pelas axilas representa apenas 1% do suor do corpo. Então, o bloqueio que se dá na liberação no suor não é importante para gerar intoxicação por alumínio no organismo", complementa. Nas últimas décadas, uma série de estudos foi feita para tentar encontrar a relação entre o uso de desodorantes e antritranspirantes com o alumínio e o desenvolvimento de doenças, principalmente o câncer de mama. "Pode acontecer de algumas pessoas desenvolverem algum processo de irritação após uso contínuo, um processo alérgico em relação à substância. Então, começa a ter coceira, a ficar com vermelhidão na axila", disse Edileia Bagatin, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "Agora, outros riscos, na verdade, não existem. Isso é um assunto bastante controverso e já um assunto que já foi bastante pesquisado", explicou a especialista, se referindo às pesquisas sobre o uso de alumínio e câncer de mama. Sem evidência científica A explicação de Abrucio e Bagatin é confirmada pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) dos Estados Unidos. Em publicação de 2016, o órgão vinculado ao governo americano informa que "não há evidência científica que relaciona o uso desses produtos ao desenvolvimento do câncer de mama".

"Apenas alguns estudos investigaram uma possível relação entre câncer de mama e antitranspirantes/desodorantes nas axilas. Um estudo, publicado em 2002, não mostrou nenhum aumento no risco de câncer de mama entre as mulheres que relataram usar antitranspirante", apontou o NIH. O órgão americano também cita um outro ensaio, realizado em 2006, que não encontrou associação entre o uso de antitranspirantes e câncer de mama. Porém, foram incluídas apenas 54 mulheres com câncer de mama e 54 sem a doença.

"Nenhum estudo até o momento confirmou quaisquer efeitos adversos substanciais do alumínio que possam contribuir para o aumento dos riscos de câncer de mama. Uma outra revisão de 2014 concluiu que não havia evidências claras mostrando que o uso de antitranspirantes ou cosméticos nas axilas contendo alumínio aumenta o risco de câncer de mama".

Bagatin explica que as alternativas disponíveis no mercado — desodorantes em creme, barra de cristal — têm o mesmo mecanismo do alumínio: bloqueiam a saída de suor na superfície da pele. Para ela, portanto, é uma questão de escolha sobre qual produto se adaptar melhor.


Fonte: G1

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