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Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e faz alerta a pais: ‘não podemos baixar a guarda'



O paraibano Deivson Rodrigues Gonçalves, de 34 anos, é o último caso de poliomielite registrado no Brasil. Em 1989, ele ficou paralítico durante seis meses e, na época, só conseguia mover os olhos. Deivson conseguiu se recuperar e atualmente vive sem sequelas. Pai, no ano passado ele começou a vacinar seu filho de quase dois anos contra a doença.


"É importantíssimo vacinar para evitar que o vírus volte”, diz Deivson ao g1. Ele enfatiza que a vacina da pólio tem eficácia comprovada, e chama atenção para a baixa adesão dos pais à campanha de vacinação. "Digo também aos pais que levem seus filhos à vacinação, que não deixem de vacinar”. Quanto aos baixos índices de vacinação no Brasil, ele afirma que “não podemos baixar a guarda, que o vírus existe e pode voltar ao Brasil”. Quem ama cuida e vacinas salvam vidas, diz Deivson. Engajado no combate a doença, Devison não perde a oportunidade de participar em campanhas de vacinação e em de debates sobre pós-pólio. “Sempre quando tem uma campanha de vacinação, o pessoal da saúde entra em contato comigo e eu participo das atividades”. Em 2017, ele participou do II Simpósio Internacional de Sobreviventes da Poliomielite, organizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Atualmente, ele vive uma vida saudável, sem sequelas, e atua como profissional de educação física em sua cidade natal, Sousa, no Sertão da Paraíba. “Agradeço a Deus pelo milagre e pela vacina porque se não fosse a vacina eu poderia ter ficado com alguma sequela no corpo, mas graças a Deus e a vacina foi resolvido”, desabafa Deivson, que chegou a tomar três das cinco doses da vacina.

Devison descobriu que foi o último brasileiro a contrair a poliomielite através da equipe de saúde da sua cidade, que procurou os seus pais para dar a notícia “Disseram que a doença tinha sido erradicada e eu tinha sido o último caso”, conta. Diagnóstico Tudo começou quando Deivson era apenas um bebê de 1 ano e cinco meses. Ele teve uma febre muito forte e que não passava. “Minha mãe me levou até uma pediatra da minha cidade.


Chegando lá, ela ficou preocupada por causa da febre e porque eu já estava perdendo os movimentos. Então a médica me encaminhou para a capital João Pessoa”, conta Deivson, que precisou se deslocar da sua cidade até a capital e chegou a precisar viajar até o estado vizinho, Pernambuco, para realizar todos os exames necessários. “Fiz exames em João Pessoa e em Recife e fui diagnosticado com o vírus da poliomielite”, afirma. Deivson ficou completamente paralítico durante seis meses. “Passei cerca de 6 meses, fazendo medicação, fisioterapia, até voltar aos poucos o movimento”, conta. “Eu só mexia os olhos”, conta Deivson “Isso gerou bastante preocupação aos meus pais por eu ter ficado paralítico”, diz Deivsson que relembra que um dos seus tios morreu em decorrência do vírus da poliomielite. “Hoje eu sou um homem, um pai de família, sou casado e tenho um filho que vai fazer dois anos. Eu trabalho como educador físico e sou personal trainer”, conta. A importancância da vacina A poliomielite é uma doença causada pelo poliovírus. “Um vírus que tem atração pelas células intestinais, então ele fica no intestino”, explica o médico infectologista Fernando Chagas. “É muito raro contrair a doença após a vacina”, afirma.

Segundo o infectologista, a vacina induz o sistema imunológico a responder bem a presença do vírus. Existem três tipos de poliovírus e ela é composta pelos três. Ela não impede você e pegar o vírus, mas você não vai evoluir para a forma grave, diz o infectologista. Progresso ameaçado A doença, que é considerada oficialmente eliminada do território nacional, volta a preocupar. Devido à baixa taxa de vacinação, o Brasil é um dos oito países sul-americanos que apresentam alto risco de volta da poliomielite, segundo relatório divulgado pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) em 2021.

A vacina contra a poliomielite é indicada para todas as crianças, atualmente, num esquema de cinco doses. As três primeiras são feitas com o imunizante injetável e devem ser aplicadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Depois, os dois reforços (geralmente feitos com as gotinhas) são dados entre os 15 e os 18 meses e aos 5 anos de idade. Segundo os dados do próprio Ministério da Saúde, a taxa de imunizados contra a pólio caiu consideravelmente de 2015 para cá.


Fonte: G1

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