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Vídeo mostra técnico em enfermagem tentando passar a mão em colega de trabalho que dormia


 
 

Um vídeo obtido com exclusividade pelo g1 mostra o técnico em enfermagem de 46 anos indiciado por importunação sexual e estupro de vulnerável tentando passar a mão em uma colega de trabalho em um hospital de Peruíbe, no litoral de São Paulo, enquanto ela dormia. A Polícia Civil concluiu que sete mulheres foram vítimas dele na unidade, além de uma adolescente que foi estuprada, filha de uma ex-namorada dele.


As imagens, registradas por uma colega de trabalho dele, mostram o suspeito deitado em um colchão no chão da sala de descanso da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, e outra funcionária dormindo em uma cama próxima. No vídeo, é possível vê-lo colocando a mão na cama de cima, por baixo do cobertor dele, para passar a mão na mulher. No vídeo obtido pela reportagem, é possível ver que o homem faz uma espécie de 'túnel' com o próprio cobertor para camuflar o braço e a mão, enquanto pratica o assédio. Conforme a investigação, o suspeito aproveitava quando as mulheres estavam dormindo na sala para passar a mão nas partes íntimas delas, como seios, nádegas e genitais.

Inicialmente, as autoridades receberam a informação de que os crimes aconteciam desde 2018, na sala de descanso da unidade. No entanto, outras duas colegas de trabalho dele foram até a polícia após a divulgação do caso, e informaram que foram vítimas dele nos anos de 2014 e 2016. Uma delas revelou às autoridades que não sabia se o ato havia sido intencional ou não. A outra vítima informou que, na época dos fatos, comentou com colegas da unidade o que havia ocorrido, mas foi orientada a não comentar o que tinha acontecido com ninguém, pois não teria provas, e que isso poderia prejudicá-la. Mesmo jeito de agir O modo de agir com as vítimas era o mesmo, sempre com elas dormindo. Uma delas relatou que chegou a acordar, por duas vezes, com o homem a tocando. "Acordei com ele passando a mão nas minhas costas, mas quando chegou perto do bumbum, eu acordei e apertei o dedo dele. Falei para ele me respeitar, e ele disse que estava brincando", disse. A situação se repetiu alguns meses depois, e conforme o tempo passou, as vítimas foram conversando entre si e notando as semelhanças entre os abusos sexuais: sempre enquanto elas estavam dormindo na sala de descanso dos técnicos em enfermagem, no período noturno. Ele deitava em um local próximo da vítima e se aproveitava do local reservado para tocá-las. Ele começou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade após denúncia de uma das enfermeiras. Como as mulheres estavam sempre dormindo nos momentos dos ataques, ele se aproveitava do sono profundo para que elas não resistissem ou pudessem se defender dos atos libidinosos. A investigação apontou, também, que o técnico teria encostado seu órgão genital nas mãos de uma paciente de 55 anos durante atendimento, mas a Polícia Civil ainda não conseguiu localizá-la. O suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública de Peruíbe, onde permanece preso durante as investigações, que correm sob segredo de Justiça. A Polícia Civil espera que, com a divulgação da prisão, novas vítimas se apresentem e prestem depoimento.


Fonte: G1

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