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Vaticano tranquiliza fiéis e afirma que saúde de Bento XVI dispensa preocupação



Após o jornal alemão "Passauer Neue Presse" noticiar que a saúde do papa emérito Bento XVI estaria "extremamente frágil", a Igreja Católica minimizou a gravidade da situação.


Em mensagem divulgada pelo Vaticano, o secretário pessoal de Bento XVI, o monsenhor Georg Gänswein, afirmou que "as condições de saúde do papa emérito não são motivo de preocupação para além das de uma pessoa de 93 anos que está superando a fase aguda de uma doença dolorosa, mas não grave."

Nesta segunda-feira (3), o "Passauer Neue Presse" informou que Joseph Ratzinger sofre de erisipela no rosto, uma doença caracterizada por inchaço e vermelhidão que causam coceira e dores intensas.


O jornal citou como fonte o biógrafo de Ratzinger, Peter Seewald, para quem "a capacidade intelectual e a memória (de Bento 16) não estão afetadas, mas a voz é quase inaudível".


De acordo com o Passauer Neue Presse, Seewald se encontrou com o papa emérito em Roma, no sábado (1º), para apresentar a biografia que escreveu. À reportagem o escritor afirmou que Ratzinger "se mostrou otimista e declarou que, se suas forças melhorarem, talvez volte a escrever".


Bento XVI, o primeiro pontífice a renunciar em quase 600 anos, leva uma vida reservada em um pequeno mosteiro do Vaticano desde 2013.


Eleito para substituir o popular papa João Paulo II após 27 anos, Ratzinger deixou o posto alegando que estava muito velho e frágil para liderar uma institução com mais de 1,3 bilhão de seguidores.


À época, o Vaticano estava envolvido em uma série de escândalos financeiros e de abuso sexual, mas, segundo o papa emérito, sua saída se deu exclusivamente por questões de saúde.


Neste ano, Bento XVI se viu envolvido em nova polêmica após comparar, em biografia autorizada, publicada em maio, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao "anticristo".


"Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento gay. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade. Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório", afirmou Ratzinger.


De acordo com o papa emérito, "a verdadeira ameaça para a Igreja é a ditadura mundial de ideologias que se pretendem humanistas". "A sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe."


Em sua biografia, Bento afirma que seus opositores desejam calar sua voz e que "o espetáculo de reações vindas da teologia alemã é tão equivocado e mal intencionado que prefiro não falar sobre isto".


Na Alemanha, onde a Igreja Católica é comandada por clérigos considerados reformistas, Ratzinger é criticado com frequência por suas opiniões sobre islã ou questões sociais.


Fonte: O Tempo

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