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Teste de ancestralidade genética ajuda a prevenir doenças graves


 
 

O teste de ancestralidade genética é capaz de rastrear a propensão de uma pessoa para desenvolver doenças como câncer de mama e próstata, e doenças cardiovasculares. Desta forma, ajuda a tratar o problema antes que ele se desenvolva de forma grave.


O geneticista britânico George Busby, diretor científico da Allelica, empresa de biotecnologia especializada em medicina genômica, explica que isso é possível porque o teste examina o DNA e tenta identificar se há a possibilidade de desenvolver problemas de alto risco para a saúde.


“Algumas pessoas são desafortunadas do ponto de vista genético, o que significa que elas são mais suscetíveis a certas doenças. Há o ambiente que colabora e você também se torna mais propenso a desenvolvê-las à medida em que envelhece, mas há ligações genéticas claras para as doenças”, afirma Busby.


O geneticista participa, na próxima quarta-feira (25), do Genomic Summit, maior evento de genômica da América Latina, que será realizado online. As inscrições podem ser feitas de forma gratuita por meio do site.


O oncologista Raphael Brandão, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moriah, em São Paulo, destaca que o melhor momento para fazer um teste de rastreamento genético é antes de chegar aos 30 anos.


“Quanto mais jovem, maior a relação com doenças relacionadas à parte genética. Se na família há uma prevalência de uma determinada doença, é importante conversar com o seu médico e entender a necessidade do rastreamento genético”, afirma Brandão.


O médico explica que não é possível impedir que esses genes, responsáveis por predispor o surgimento de doenças graves, continuem sendo transmitidos de geração para geração. Por outro lado, o rastreamento genético possibilita, mesmo nos casos em que a doença não tem cura, que o tratamento precoce melhore a qualidade de vida do paciente. “Assim conseguimos agir de uma maneira mais proativa diminuindo ou reduzindo a chance de a doença chegar a uma forma extremamente avançada”.


Apesar dos testes genéticos não serem economicamente acessíveis e estarem disponíveis apenas em alguns hospitais do sistema público de saúde no Brasil, Busby ressalta que para implementá-los de forma que permita o acesso amplo da população é preciso pensar no contexto da saúde pública como um todo.


“Se você usar os exames genéticos em um número de pessoas em uma escala grande, é possível identificar a proporção de pessoas que estarão em alto risco e, em seguida, direcionar intervenções mais baratas sobre esses indivíduos, o que significa evitar que as doenças evoluam”, explica.


Segundo o geneticista, os testes genéticos podem custar entre US$ 100 e US$ 1.000 (o equivalente a R$ 540 e R$ 5.410). “Para ser mais acessível do ponto de vista financeiro, precisamos mostrar que, hipoteticamente, se você fizer esse teste em 100 pessoas, você pode evitar 10 ataques cardíacos. Se pudermos fazer isso, podemos salvar vidas e reduzir as despesas”, afirma. “Com a genética, podemos detectar essas doenças previamente e, com sorte, podemos proteger a vida dessas pessoas e pensar em usar essas ferramentas para ajudar a reduzir os custos de cuidados de saúde em sistemas de saúde de vários países”, afirma.


Fonte: R7

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