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“Tchau, gata, daqui a pouco eu volto”, disse médico antes de morrer


 
 

Rio de Janeiro – Na manhã de terça-feira (19/10), antes de ser morto por assaltantes ao chegar à clínica onde trabalhava, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, o cirurgião plástico Claudio Marsili repetiu sua rotina caseira, tomou café da manhã, trocou carinho com a esposa, e prometeu voltar:


“Ele falou pra ela: ‘Tchau, gata, daqui a pouco eu volto’. Os dois deram uns beijos e ele foi… Não é que ele não voltou. Para um certo lugar ele não voltou e fica um certo buraco no coração da gente”, contou o também médico Italo Marsili, filho da vítima, durante uma live transmitida horas depois da morte do pai.


Psiquiatra, Italo relembrou os momentos daquela manhã, e os momentos marcantes que viveu ao encontrar o corpo do pai, na Rua Fernando Mattos, a 500 metros da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o crime. “Logo que eu cheguei, meu pai ainda estava quente e eu pude abraçar e beijá-lo”, revelou.


Claudio foi morto com um tiro na cabeça, dado à queima-roupa, o que provocou uma laceração encefálica, como mostrou o Metrópoles nessa quarta-feira (20/10), depois de ter acesso ao laudo do exame feito pelo Instituto Médico-Legal (IML). Ele foi cremado no início da tarde da quarta-feira (20/10).


Durante sua transmissão ao vivo, Italo também contou que o pai não reagiu ao assalto e que deseja justiça. “Meu pai não reagiu, entregou o carro dele, carro 2017, e levou um tiro na cabeça. Ele caiu, e eu pensei nas famílias que gritam nas televisões pedindo justiça, querendo que a justiça seja feita”, disse Italo, que é psiquiatra, influenciador e criador de um programa de desenvolvimento pessoal chamado Guerrilha Way.


Claudio Marsili tinha 64 anos e era formado medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde também fez pós-graduação. Tinha em seu currículo profissional ainda pós-graduação em cirurgia plástica estética e reparadora pela Universidade Estácio de Sá e em medicina ortomolecular e desportiva pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Além de ter doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais (Uces), da Argentina.


O médico foi atacado quando chegava para trabalhar na Clínica Vitée, de cirurgia plástica e estética, na região do Jardim Oceânico, área nobre da Barra da Tijuca. Com mais de 24 mil seguidores no Instagram, ele compartilhava momentos da vida pessoal, como viagens com a esposa, fotos com os filhos e netos, além de demonstrar que gostava de levar uma vida saudável praticando esportes em meio à natureza.


Fonte: Metrópoles

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