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Situação da pandemia no Brasil segue 'crítica', diz Opas



A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, avaliou nesta terça-feira (4) que a situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil segue "crítica".


"A situação no Brasil segue sendo crítica", afirmou Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, ao comentar que nesta semana o país deve chegar ao número de 100 mil mortes por complicações da Covid-19.

Espinal observou que o número de novas contaminações dos últimos seis dias é um sinal que "dá esperança", mas destacou que ainda é cedo para falar que houve um achatamento da curva no país.

"Um país tão vasto, apesar de ter aumentado o número de testes, não dá para dizer que está achatando a curva. A gente tem que esperar e ver o que acontece nas próximas semanas. Há comunidades no Distrito Federal, São Paulo, Bahia em que uma grande quantidade de casos e mortes estão sendo reportados".

O mais recente levantamento do consórcio de veículos de imprensa indica que o Brasil tem mais de 94,7 mil mortes e 2,7 milhões de casos confirmados.

O diretor da Opas ainda afirmou que o Brasil deve continuar a implementar medidas "não farmacêuticas" e o protocolo de manejo de casos para continuar controlando a propagação das infecções, o que inclui as recomendações de manter o distanciamento social, o uso de máscaras e a lavagem constantes das mãos. Impacto devastador na saúde básica A América Latina tem mais 9,7 milhões de infectados e 365 mil mortes provocada pelo novo coronavírus. “E o número continua a crescer”, alertou a diretora da Opas, Carissa F. Etienne. Ela se mostrou preocupada com o impacto devastador da pandemia no controle de outras doenças, nos pré-natais e em campanhas de vacinação.

Muitas pessoas estão deixando adiando a busca por assistência, o que pode prejudicar seu estado de saúde. “Uma pesquisa feita com 27 países mostrou que metade dos programas de diabetes e aqueles projetados para gerenciar a hipertensão foram interrompidos no nível de atenção primária", afirmou.

Em países selecionados, as consultas relacionadas ao pré-natal diminuíram 40% em relação a 2019, aumentando os riscos para mães grávidas e seus bebês.

As campanhas de vacinação também estão sendo deixadas em segundo plano: 1/4 dos países suspenderam campanha de vacinação sistemática. As medidas podem fazer com que a região perca em meses o que conquistou em vários anos no que se refere à imunização.


Fonte: G1

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