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Saiba quais doenças abalaram o país e podem ‘cair’ no Enem

O sarampo, que havia sido eliminado do país em 2016, voltou a ser registrado no ano passado. Roraima e Amazonas passaram por surto em 2018. Segundo o Ministério da Saúde, o vírus foi importado da Venezuela. Neste ano, 18 Estados já registram a transmissão da doença, sendo que 97% dos casos ocorrem em São Paulo. O vírus, desta vez, foi importado de Israel, Malta e Noruega. O país já registra este ano 10.429 casos confirmados da doença, sendo 8.235 casos confirmados por laboratório e 2.194 pelo critério clínico-epidemiológico, além de 14 mortes. Há ainda 19.537 casos em investigação. A informação é da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O esquema vigente de vacinação contra o sarampo para crianças no país é o de uma dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao 1 ano de idade e uma da quadrupla viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) ao 1 ano e 3 meses de idade. Para quem não se vacinou no período, a tríplice viral é oferecida gratuitamente em duas doses até os 29 anos ou em uma dose dos 30 aos 49 anos. Os demais devem recorrer às clínicas privadas. Atualmente no país é oferecida também a chamada dose zero, aplicada entre 6 e 11 meses de idade. Essa dose só é utilizada em casos de surto, como ocorre no momento.

O Ministério da Saúde divulgou que bateu a meta vacinal contra o sarampo no país este ano. Isso significa que atingiu a cobertura de 95% da população. Segundo boletim de 29 de outubro, a meta foi alcançada em 65% dos municípios brasileiros. Isso equivale à cobertura em 14 Estados em crianças de seis meses a menores de 1 ano de idade, faixa etária mais suscetível às complicações da doença. Os Estados que atingiram a meta de vacinação são Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, São Paulo e Paraíba.

O sarampo é altamente contagioso. Diferentemente da gripe, que é transmitida por gotículas de saliva, o sarampo se dissemina pelo chamado aerossol, que são partículas muito pequenas de saliva com alcance maior que as gotículas. Uma pessoa pode infectar até 18 no mesmo ambiente, além disso, a doença tem um longo período de incubação, podendo se manifestar até duas semanas depois de contraída. Três dias antes de os sintomas se manifestarem, a pessoa já está transmitindo a doença. Além de manchas vermelhas pelo corpo, que não coçam, o quadro infeccioso lembra uma gripe, com os chamados sintomas catarrais, que são coriza, tosse e espirro, além de febre acima de 38°C e conjuntivite.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, manifestou preocupação com a possibilidade do aumento do número de casos da dengue no país no verão de 2020. As mortes pela doença já aumentaram 5 vezes em relação ao ano passado. Neste ano, foram registradas 689 mortes e 1,4 milhões de casos, número 690% maior do que os 215 mil casos de 2018. A região com maior taxa de incidência da doença é a Centro-Oeste, com 1,2 mil casos para cada 100 mil habitantes. Os Estados com o maior número de casos são Minas Gerais (482.739), com 154 mortes, e São Paulo (442.014), com 247 mortes. As informações são do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que o país passou por uma epidemia de dengue em 2015.

Os casos de chikungunya e de zika, que, assim como a dengue, são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, também aumentaram em relação ao ano passado. Segundo o boletim do Ministério da Saúde de 12 de outubro, foram registrados 123 mil casos de chikungunya contra 78 mil em 2018, e 75 mortes. Os Estados do Rio de Janeiro (83.079) e Rio Grande do Norte (12.206) concentram 77,2% dos casos prováveis. Já a zika apresenta 10 mil casos registrados e três mortes este ano.

Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Diferentemente dos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, que habitam a mata e transmitem a febre amarela, o Aedes aegypti vive no meio urbano e se prolifera em locais com água parada. Exames de sangue já são capazes de fornecer diagnósticos precisos para cada uma dessas doenças. Mas existem vacinas apenas contra a febre amarela e contra a dengue, sendo que o imunizante contra a dengue existente tem restrições. Um outro, com alcance mais amplo, está previsto para final de 2020.

No ano passado, o país enfrentou uma epidemia de febre amarela. A vacina contra a doença é recomendada em todo o território nacional desde agosto de 2018 e está disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) o ano inteiro. O imunizante é feito de vírus atenuado, por essa razão não é indicado para gestantes, imunodeprimidos e idosos. Os sintomas são calafrio, dor de cabeça, dores musculares, mal estar e cansaço. Cerca de 15% que contraem a doença desenvolvem complicações, entre elas hepatite e alteração do funcionamento dos rins e do coração, que podem levar à morte.

A cobertura das oito vacinas obrigatórias até o primeiro ano de vida, que são BCG, tríplice viral, meningocócica C, pneumocócica, poliomielite, pentavalente, rotavírus e hepatite A, está abaixo da meta preconizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), segundo o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Apenas a BCG, que previne a tuberculose e é aplicada na maternidade, atingiu a meta de 95%. As demais apresentaram cobertura entre 80% e 91,5%.

Fonte: R7

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