O vídeo em que um rapaz aparece estressado após ser questionado sobre quanto tempo ele ia permanecer em um aparelho de musculação viralizou nas redes sociais. A questão gerou um debate na internet sobre revezamento de aparelhos em academias de ginástica.
“Se eu quiser passar o dia aqui, eu passo. Eu faço academia aqui há quatro anos e ela quer me falar que tem tempo para eu ficar aqui (...) Eu vou ficar aqui agora e quero ver quem me tira. Se encostar em mim.. Nossa, eu estou tremendo de raiva”, diz o rapaz na gravação.
A necessidade de fazer intervalos entre os exercícios de força vai depender do objetivo de cada aluno, de acordo com especialistas. Eduardo Netto, membro do Conselho Federal de Educação Física, afirmou que não há uma regra estabelecida, mas o ideal é usar o bom senso. “Não existe uma regra única aplicada em todas as academias quanto ao revezamento de equipamentos. No entanto, muitas academias têm suas próprias políticas internas sobre o uso compartilhado de máquinas, especialmente durante os horários de pico, para garantir que todos os membros tenham a oportunidade de treinar, mas penso que nesses casos o bom senso deveria prevalecer”, afirmou Netto, que também é sócio-diretor técnico da Rede de Academias Bodytech.
O educador físico e proprietário do Centro de Treinamento TPFit, Angelo Zorzanelli, afirmou ao g1 que faltou educação ao rapaz, que poderia ter explicado a necessidade de fazer o treinamento sem descanso. “O rapaz foi bem ignorante, ele não explicou para a mulher que estava fazendo uma série. A gente tem uma má educação do rapaz no vídeo. Ele poderia ter explicado que estava fazendo um ‘drop set’ [método de musculação que não prevê descanso entre as repetições] e que precisava fazer cinco séries em sequência. Ele foi bem ignorante de não explicar para ela, faltou educação”, afirmou Zorzanelli, que é pós-graduado em Atividade Física Adaptada para Saúde.
O tempo de descanso entre as séries influencia diretamente no resultado no corpo e, por isso, alguns treinamentos são planejados para serem executados sem pausa. Além disso, a higiene seria outro fator para não se ter o compartilhamento de aparelhos.
“Além dos diferentes tipos de treinamento, a recusa pode estar associada à questão de higiene. Nos casos de usuários que transpiram muito, implicaria um dispêndio de tempo para limpeza e higienização do aparelho”, afirmou Eduardo Netto, que é mestre em Motricidade Humana.
Fonte: G1
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