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Pesquisadores criam ferramenta para analisar cérebro de bebês recém-nascidos e prevenir doenças


 
 

Pesquisadores do Instituto Beckman de Ciência e Tecnologia Avançada da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, criaram uma nova ferramenta com acesso aberto que pode ajudar a prevenir doenças no cérebro de crianças. Eles analisaram vários marcadores químicos, substâncias do metabolismo, que podem ser fundamentais nos primeiros meses de formação dos bebês e criaram um banco de dados para facilitar o processo.

O estudo foi publicado nesta quinta-feira (29) pela revista especializada "NMR in Biomedicine". Os pesquisadores analisaram o cérebro de 140 bebês com idades entre um e três meses. Eles avaliaram os intervalos normais de concentração das substâncias.

De acordo com o pesquisador líder do projeto, Ryan Larson, essa é uma maneira mais fácil e confiável de avaliar as concentrações das substâncias do metabolismo cerebral dos bebês. Isso facilitaria, portanto, a prevenção e o tratamento de possíveis problemas ainda nos primeiros meses de vida.

Ellen Grant, professora de radiologia e pediatria da Faculdade de Medicina de Harvard, também assina o artigo e explica que essas substâncias medidas pelo grupo, os chamados metabólitos, são importantes para o crescimento das crianças, e também desenvolvimento e funções cerebrais. Níveis baixos podem ser o primeiro sinal de uma doença ou problema futuros. Como funciona Normalmente, os pesquisadores utilizam ressonância magnética de prótons - o exame gera gráficos que medem a quantidade das substâncias - para detectar moléculas de interesse no cérebro dos bebês. Antes da criação dessa nova ferramenta, segundo os autores, o método iria precisar de cálculos e imagens complexos de dentro e fora dos tecidos cerebrais, tornando o diagnóstico mais caro e lento.

Os pesquisadores usaram a mesma técnica para escanear o cérebro dos 140 bebês, mas, desta vez, compilaram os dados de vários metabólitos (produtos do metabolismo) para a criação da ferramenta. Os valores padronizados poderão ser usados para avaliar a concentração das substâncias no cérebro das crianças.

A equipe de cientistas avaliou sete metabólitos principais para o banco de dados, que apontam uma escala de acordo com o desenvolvimento do cérebro do bebê. Assim, os especialistas podem ter acesso a uma lista com diferentes combinações para entender o perfil do recém-nascido em observação.

"A análise das substâncias é realmente difícil de fazer, mas, quando feita da maneira certa, pode nos ajudar a descobrir mais sobre o cérebro", disse Borjan Gagoski, instrutor de radiologia do Hospital Infantil de Boston e também um dos autores da pesquisa. "E é muito importante monitorar a saúde do cérebro nesta fase da vida", completou.


Fonte: G1

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