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Pesquisa: estação do ano pode afetar sucesso de fertilização in vitro



Segundo uma pesquisa feita por obstetras australianos, a estação do ano em que os óvulos são coletados para o tratamento de fertilização in vitro (FIV) interfere na capacidade do procedimento ter sucesso e gerar bebês saudáveis.


De acordo com o estudo, os óvulos que foram coletados no verão têm 19% mais de chances de dar origem a bebês que nasçam vivos do que os coletados no outono.


A pesquisa, publicada nesta quinta-feira (6/7) na revista Human Reproduction, mostrou que a média de sucesso de procedimentos de FIV é de 28%, ou seja, a cada 100 óvulos inseminados, nascem 28 bebês.


Entretanto, se os óvulos forem coletados no outono, a taxa cai para 26%. Já os extraídos no verão tiveram um sucesso de 31%, uma diferença de 19% entre uma estação e outra.


“As estatísticas de nascimento quando os óvulos foram coletados durante a primavera ou inverno estão próximas da média global e não houve diferenças estatisticamente observáveis”, afirmou o obstetra Sebastian Leathersich, um dos líderes da pesquisa, ao site da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.

Segundo o médico, embora se saiba há tempos que as condições climáticas favorecem o desenvolvimento dos bebês, assim como fatores sociológicos, é difícil determinar como exatamente elas as influenciam.


Temperatura interfere na fertilização in vitro


Para elaborar as estatísticas, o estudo analisou 3,6 mil coletas de embriões que foram feitas em mais de 1,8 mil pacientes australianas.


Os médicos também apontaram, usando dados metereológicos, que os óvulos coletados em dias com temperaturas mais amenas, ao redor dos 20ºC e com intensa luz solar, foram mais efetivos, tendo cerca de 5% a mais de sucesso que os coletados em dias frios e nublados.


“Nossa pesquisa aponta que as características ambientais no momento da ovulação são tão importantes, ou talvez até mais, que os fatores ambientais da implantação do óvulo e dos primeiros dias de gravidez”, conclui Leathersich.

No entanto, o obstetra admite que boa parte destes fatores ambientais não podem ser considerado por mulheres que estão fazendo a coleta, uma vez que são necessários vários agendamentos para concluir o processo.


Fonte: Metrópoles

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