A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (15), que está monitorando casos de hepatite de causa desconhecida em crianças na Europa. Nenhuma morte foi registrada até agora.
Até o dia 8 de abril, 74 casos haviam sido identificados no Reino Unido, disse a entidade, com 6 crianças tendo passado por um transplante de fígado. Desde então, mais três casos foram confirmados na Espanha e outros estão sob investigação na Irlanda.
Nos casos do Reino Unido, já foram descartados os vírus causadores das hepatites A, B, C, D (quando aplicável) e E após testes laboratoriais, segundo a organização, que alertou ser provável que "mais casos sejam relatados nos próximos dias".
Veja o que se sabe até agora:
Até 11 de abril, nenhuma morte havia sido relatada.
Os casos foram reportados pela primeira vez em 5 de abril, quando a autoridade responsável do Reino Unido notificou a OMS de 10 casos de hepatite aguda grave de causa desconhecida em crianças pequenas, sem doenças prévias, com idades de 11 meses a 5 anos, na Escócia.
9 das 10 crianças começaram a sentir sintomas em março; o outro caso teve início dos sintomas em janeiro, incluindo icterícia (pele e/ou olhos amarelos), diarreia, vômito e dor abdominal. Todos os 10 casos foram detectados quando hospitalizados.
Até 8 de abril, 74 casos, incluindo os primeiros 10, haviam sido identificados em todo o Reino Unido.
Os sintomas vistos incluem enzimas (substâncias) hepáticas acentuadamente elevadas, muitas vezes com icterícia e às vezes precedida por sintomas gastrointestinais, principalmente em crianças até 10 anos de idade.
Algumas crianças foram transferidas para unidades pediátricas especializadas em fígado; 6 passaram por transplantes.
Um caso foi identificado como estando ligado a outro (epidemiologicamente ligado).
No Reino Unido, infecções pelo Sars-CoV-2 e/ou adenovírus foram detectadas em "vários casos", disse a OMS, sem especificar quantas infecções ocorreram. Também não está claro se esses dois vírus tiveram relação com os casos de hepatite.
Nenhum fator de risco epidemiológico foi identificado até o momento – incluindo viagens internacionais recentes. Exames laboratoriais para outras infecções, produtos químicos e toxinas estão em andamento para os casos identificados.
Na Irlanda, há "menos de cinco casos" confirmados ou possíveis em investigação, segundo a OMS, Na Espanha, três casos, em crianças de 22 meses a 13 anos, foram confirmados. As autoridades de ambos os países investigam as situações.
Fonte: G1
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