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Mais de 80% dos hospitais privados têm soluções de IA, mas a maioria se sente pouco preparado para essas transformações

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Um levantamento inédito feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em parceria com a Wolters Kluwer, revela a discrepância no cenário quando o tema é inteligência artificial (IA) e demais recursos tecnológicos na saúde no Brasil. De um lado, 82% dos hospitais privados já utilizam algum recurso ou solução de IA. No entanto, 74% ainda se sentem pouco preparados para as transformações da inteligência artificial nas áreas clínicas nos próximos dois anos.


A transformação tecnológica atual permeia todos os setores da sociedade, incluindo o da saúde. Neste contexto, é importante entender de que forma as instituições de saúde estão adotando esses recursos em seu dia a dia.


A pesquisa, realizada entre de maio e 10 de junho deste ano com 102 hospitais associados à Anahp revelou que a inteligência artificial é utilizada em práticas ou processos pré-estabelecidos, como auxiliar no diagnóstico (47,06% dos hospitais), auxiliar o processo de decisão clínica (46,08%), auxiliar na análise de exames por imagem (41,18%), entre outros.


Mas a pesquisa também apontou que a adoção de novas tecnologias é percebida pela equipe clínica com grau moderado de aceitação para 62,75%.


Em relação à telemedicina, ela já é aplicada nos hospitais privados para treinamento remoto da equipe clínica (59%), e na consulta a profissionais de outros hospitais de excelência (54%), em interconsultas entre colegas de diferentes especialidades, (28%), para o monitoramento remoto de pacientes (22,5%), para divulgação de resultados de exames (21,5%), como opção de atendimento primário via teleconsultas (16,67%), na educação do paciente (10,7%) e no processo inicial da admissão dos pacientes (4%).


"Precisávamos saber de maneira efetiva sobre o cenário dos avanços tecnológicos na saúde e temos agora uma radiografia que nos anima, nos preocupa e sinaliza falta de maturidade, já que os números ora são muito bons, ora são muitos ruins. Temos percentuais muito parecidos – como o de 82% das instituições já utilizarem algo ligado à IA e, quase as mesmas, 74% dizendo que se sentem pouco preparadas. Baixo uso da telemedicina em prol dos pacientes e uma preocupação elevadíssima com a qualidade dos médicos recém-formados também foram apontados", afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, em comunicado.


A maioria dos hospitais também afirmou utilizar alguma solução de suporte à decisão clínica para ajudar a equipe no atendimento ao paciente. Para todos os respondentes, esse tipo de ferramenta pode ajudar a alcançar melhorias operacionais e redução de custos associados à assistência. Além disso, para 78%, soluções de suporte à decisão clínica ajudam a aprimorar o cuidado com o paciente por meio da melhoria do atendimento prestado.


Os principais desafios dos hospitais nos próximos três anos incluem equilibrar custos e manter altos níveis de qualidade do cuidado (89%), encontrar formas de reduzir o desperdício de recursos (76%), automatização de processos (60%). Em relação aos desafios do ingresso de médicos recém-formados no setor, o principal fator apontado pelas instituições foi a qualidade do profissionais, seguido pelo desafio de alinhar as expectativas desses profissionais à realidade do dia a dia da prática clínica.


A qualidade do ensino de medicina é uma preocupação generalizada não só entre as instituições de saúde, como entre as sociedades médicas devido à abertura indiscriminada de faculdades de Medicina.


Fonte: O Globo

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