
Recentemente, a atriz Letícia Sabatella, de 52 anos, revelou ter sido diagnosticada com um nível leve de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em entrevista ao "Fantástico", ela disse se sentir aliviada com o diagnóstico, mesmo que tenha detectado a condição tardiamente. Ela afirma que sempre foi hipersensível ao som e ao toque.
“O diagnóstico traz alívio para quem passa a vida se achando diferente e incompreendida”, disse Sabatella ao programa da TV Globo.
O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM) determina os critérios para o diagnóstico TEA e estabelece níveis de intensidade no autismo. A atriz Letícia Sabatella, por exemplo, foi diagnosticada com autismo nível 1, considerado leve.
Existem três níveis de autismo: nível 1, 2 e 3, que descrevem a intensidade dos sintomas que afetam as habilidades sociais e o comportamento das pessoas com TEA.
Nível 1 — Autismo leve
As pessoas que se enquadram no nível 1 do TEA, apresentam sintomas menos graves, por isso é denominado como autismo leve. Elas podem apresentar os seguintes sintomas:
Dificuldades em situações sociais, comportamentos restritivos e repetitivos, mas que requerem apenas um suporte mínimo para ajudá-las em suas atividades do dia a dia;
Podem ser capazes de se comunicar verbalmente e de ter alguns relacionamentos, mas apresentar dificuldade em manter uma conversa, assim como para fazer e manter amigos;
Preferir seguir rotinas estabelecidas e se sentirem desconfortáveis com mudanças ou eventos inesperados, assim como querer fazer certas coisas à sua maneira.
Nível 2 — Autismo moderado As pessoas com nível 2 de autismo precisam de mais suporte do que as com autismo leve. O nível 2 é a faixa intermediária do autismo, no que se refere à gravidade dos sintomas e à necessidade de suporte.
Os sintomas do autismo nível 2 são:
Mais dificuldade com habilidades sociais e em situações sociais, em comparação com as que estão no nível 1;
Podem ou não se comunicar verbalmente e, se o fizerem, suas conversas podem ser curtas ou apenas sobre tópicos específicos;
O comportamento não verbal pode ser mais atípico, podem não olhar para alguém que está falando com elas, não fazer muito contato visual, não conseguir expressar emoções pela fala ou por expressões faciais;
Pessoas com autismo moderado apresentam comportamentos restritivos e repetitivos, com nível de gravidade maior do que as com autismo leve;
Gostam de manter rotinas ou hábitos que, se forem interrompidos, podem causar desconforto e/ou perturbação.
Nível 3 — Autismo severo
As pessoas com autismo nível 3, precisam de muito apoio, já que é a forma mais grave de TEA.
Os sintomas são:
Dificuldade significativa na comunicação e nas habilidades sociais, assim como comportamentos restritivos e repetitivos que atrapalham seu funcionamento independente nas atividades cotidianas;
Embora alguns indivíduos com nível 3 de TEA possam se comunicar verbalmente, muitos não falam ou não usam muitas palavras para se comunicar;
Geralmente, não lidam bem com eventos inesperados, podem ser excessivamente ou pouco sensíveis a determinados estímulos sensoriais e apresentam comportamentos restritivos e repetitivos, como balanço e ecolalia (hábito ou mania de fazer rimar palavras, falando ou escrevendo);
Precisam de muito suporte para aprender habilidades importantes para a vida cotidiana.
Fonte: O Globo
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