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Home office, flexibilidade, saúde mental: o que os profissionais estão buscando nas empresas


 
 

Para você, quais são os fatores mais importantes em uma vaga de emprego? O salário certamente está no começo da lista. Mas, para alguns profissionais, outros fatores também estão se sobressaindo. Uma pesquisa feita pela startup Relevo com 378 pessoas, em outubro de 2020, apontou horário flexível e home office como os benefícios mais citados (69%) como importantes. O salário acima do mercado aparece em segundo, com um percentual de 36%.

Os profissionais não são os únicos interessados no modelo. Um levantamento do site Indeed identificou um aumento de 215% na oferta de vagas remotas entre março e novembro de 2020.


No mesmo período, o percentual de vagas com termos relacionados a trabalho à distância cresceu de 2% para 6,83%. “A pandemia acelerou algumas tendências que talvez ganhassem mais força apenas daqui a alguns anos”, aponta Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed no Brasil.


O período também trouxe novas preocupações. Uma pesquisa feita pela Censuswide com mais de mil funcionários e 250 empregadores no Brasil, a pedido do Indeed, mostrou que ter um ambiente de trabalho seguro e que permita o isolamento social é um dos principais critérios para mudança de emprego para 15% dos entrevistados. Nessa pesquisa, o salário aparece em primeiro (64%), seguido da estabilidade no emprego (48%) e pelo pacote de benefícios (41%).


As pesquisas trazem alguns insights sobre o que profissionais estão buscando nas empresas. Mas também mostram que as preferências variam. Cabe às empresas fazer uma análise interna antes de apostar em tendências. “Benchmarking é muito legal. Mas é preciso respeitar as características do negócio e entender o melhor formato para cada companhia”, diz Renato Navas, Head de People Science da Pulses, startup focada em soluções de clima organizacional e engajamento.


As preferências pelo home office, por exemplo, podem não ser óbvias como parecem. Na pesquisa feita a pedido do Indeed, cerca de 35% das pessoas com 45 anos ou mais disseram que a possibilidade de trabalhar remotamente é um dos critérios para trocar de emprego este ano. Os percentuais foram de 6% entre jovens de jovens de 16 a 24 anos e 10% na parcela de 25 a 34 anos. Para Calbucci, o resultado surpreende. “Os mais jovens sempre tiveram a tendência em buscar mais essa flexibilidade.”


Desenvolver novos modelos de trabalho, segundo Navas, também exige que empresas repensem o objetivo de seus espaços físicos e tenham atenção às necessidades das equipes. “Ao passo que a flexibilidade tem sido mais interessante, as novas gerações sentem muita falta da interação”, diz. Em um levantamento da startup com mais de 130 mil trabalhadores, os profissionais da geração Z (nascidos entre 1998 e 2010) foram os que demonstraram maior nível de ansiedade, com 45% dos participantes alegando se sentir mais ansiosos do que antes.


A atenção à saúde mental deve ser outro fator observado cada vez mais pelos profissionais nas empresas. Segundo Navas, do Indeed, o apoio psicológico, direto ou por meio de auxílios financeiros para acompanhamento profissional, pode fazer a diferença na atração e retenção de talentos. Calbucci destaca, ainda, a importância da segurança psicológica. “Ela está relacionada ao quanto as pessoas podem falar aquilo que pensam ou sentem independentemente do impacto, sem medo de serem perseguidas”, explica.


Ao analisar o banco de dados de clientes atendidos pela Pulse, com 552 empresas e 115 mil colaboradores, Calbucci diz que a "abertura a novas ideias" é um dos fatores que mais impacta no engajamento das equipes de uma empresa. Fatores como desenvolvimento profissional, feedback e condições justas também aparecem em destaque. “Empresas que apostarem em ações de flexibilidade, não só na forma de trabalho, mas de benefícios e em relação à singularidade das pessoas, vão passar à frente.”


Fonte: Época Negócios

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