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Gari 'ressuscita' no subúrbio de Paris após infarto; entenda a 'Síndrome de Lázaro'



Um lixeiro francês, de 66 anos, vítima de um ataque cardíaco ao chegar ao trabalho, em Neuilly-sur-Marne, na periferia de Paris, voltou à vida depois de ter sido declarado oficialmente morto.


A notícia foi divulgada apenas nesta quinta-feira (7) pela empresa que emprega o homem há dez anos. O episódio raro é descrito pela medicina como "Síndrome de Lázaro."

O "milagre" aconteceu no dia 29 de março. O gari chegou ao trabalho cedo e passou mal, explicou o porta-voz da empresa Sepur, especializada na coleta e triagem de dejetos.

A notícia foi publicada em primeira mão pelo jornal francês "Le Parisien", nesta quarta-feira (6), e repercutiu em toda a imprensa francesa.

O Samu, o serviço de emergência na França, foi acionado e os médicos realizaram uma massagem cardíaca no homem, que demorou mais de 50 minutos.

De acordo com o chefe do Samu na região parisiense, Frédéric Adnet, os urgentistas levaram em conta a idade e o "bom prognóstico do paciente", que acabou não resistindo. "Os médicos levantaram o corpo dele e foi aí que perceberam que ainda estava vivo", detalhou o porta-voz da empresa Sepur. O chefe do Samu explicou que, meia hora depois de ser declarado morto, os policiais presentes para atestar o óbito notaram que o gari dava sinais de vida.

"Enviamos outra equipe médica e constatamos que o coração dele estava batendo. O paciente então foi transportado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital de Montfermeil", contou. Fenômeno de Lazáro "O que aconteceu é algo extraordinário. Eu ainda não tinha passado por uma situação parecida em minha carreira", declarou um renomado intensivista francês, que tem décadas de profissão.

O lixeiro foi vítima do que a medicina chama de "síndrome de Lázaro", em referência à passagem bíblica em que Jesus Cristo ressuscita Lázaro. "As hipóteses ainda não são totalmente convincentes. Uma delas é que quando realizamos uma massagem intensiva e o coração não reage, e depois desligamos os aparelhos, modificamos de maneira brutal a pressão intratorácica", explicou Frédéric Adnet.

"Essa interrupção no ato de reanimação poderia ajudar o coração a voltar a ter uma atividade eficaz" explica. "Mas, na literatura, não há nenhum caso de paciente que sai vivo de uma situação como essa", acrescenta. A empresa criou uma célula de crise para dar apoio aos colegas do lixeiro.


Fonte: G1

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