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Fundo de venture capital focado em saúde é lançado no Brasil; SulAmérica é primeiro investidor


 
 

O Brasil acaba de ganhar o primeiro fundo de venture capital independente de saúde, o Aggir Ventures Health. A iniciativa é da Aggir Ventures, gestora de venture capital com foco em negócios de saúde, farma e bem-estar, e já conta com cerca de 90 cotistas, entre investidores (pessoa física) que atuam no setor, como médicos com autoridade clínica, founders de healthtechs mais maduras, executivos de saúde e farma e famílias donas de hospitais e clínicas, além de outros estratégicos, oriundos do mercado financeiro e da área de tecnologia. O primeiro investidor institucional é a SulAmérica.


O fundo tem um valor de R$ 100 milhões, prazo de 10 anos e a meta é montar um portfólio de até 15 startups em estágios Seed e Series A.


"Há outros fundos que fazem portfólios maiores, de 20, 30 empresas, mas não iremos passar de 15 porque queremos ter uma pegada mais hands-on, um modelo de atuação participativo para colocar esse network que estamos montando à disposição das investidas", diz Renato Ferreira dos Santos, sócio da Aggir Ventures. "Neste lançamento, não só a nossa tese de investimento é focada em saúde, como também decidimos ter uma estratégia de captação voltada para a construção de uma rede de especialidade em saúde", acrescenta.


Ainda segundo o executivo, esse é o grande diferencial de valor para as startups, que, além de contar com o apoio de investidores como a SulAmérica, para ajudar na parte de originação de negócio e validação dos modelos, terão pessoas com conexões em vários grupos e redes, e de todos os segmentos da saúde. A ideia é que, na hora em que precisem ir para o mercado atrás de novos clientes ou canais de venda, eles tenham acesso a uma grande rede de relacionamento.


Num primeiro momento, o fundo irá fomentar teses de investimento em verticais como gestão hospitalar, gestão clínica, gestão de saúde corporativa, saúde mental, doenças crônicas, telemedicina, senior care, saúde feminina, oncologia e oftalmologia. A área de menor interesse, por ora, é a de biotec.


Estratégia de inovação aberta


Com 125 anos de história e mais de 7 milhões de beneficiários, englobando saúde e odontologia, a SulAmérica quer fortalecer a sua estratégia de inovação aberta e de fomento a novas soluções e tecnologias de saúde. Por isso, segundo Ricardo Bottas, CEO da empresa, está entrando no fundo com uma cota institucional relevante – os valores não foram divulgados.


"É claro que esperamos que o investimento tenha retorno financeiro, mas, mais do que isso, queremos que promova o desenvolvimento de empresas de tecnologia em saúde para que elas possam contribuir com o sistema como um todo. Queremos nos posicionar cada vez mais próximos do ecossistema de startups e healthtechs, pois acreditamos que a tecnologia viabiliza e acelera o nosso propósito de melhorar a vida das pessoas, aumenta nossa eficiência na gestão de saúde integral e gera mais acesso e qualidade assistencial”, aponta o executivo.


Apesar de este ser o primeiro aporte de venture capital realizado pela companhia, ela já tem uma jornada de participação em startups desde 2013. Ao longo destes anos, colocou recursos na Docway (plataforma de telemedicina), na Memed (prescrição médica digital) e Órama (plataforma digital de investimentos). Além disso, fez uma joint venture com a Sharecare no Brasil (jornadas de orientação médica telefônica e de programas de gestão de saúde).


Fonte: Época Negócios

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