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Estudantes recebem em casa órgãos de animais para dissecar



Devido à suspensão das aulas em decorrência da pandemia da covid-19, estudantes de ciência ficaram impedidos de realizar experimentos em laboratórios, e assim, aprimorar suas habilidades de pesquisa.


Para contornar esse problema, algumas universidades americanas estão enviando cérebros, olhos e até fetos de porcos inteiros para seus alunos para que eles possam dissecá-los em casa.


No Lafayette College, em Easton, Pensilvânia, estudantes de neurociência matriculados em um curso de Fisiologia receberam pelo correio pacotes que continham cérebros de ovelha preservados, comumente escolhidos pelas escolas devido à sua grande semelhança com cérebros humanos.


A dissecagem dos órgãos foi supervisionada pelo professor, neurocientista e psicólogo Luis Schettino, por meio de uma videochamada.


"Para ser honesto, não há nada que substitua os alunos dentro do laboratório, onde podemos nos comunicar mais diretamente e posso ter certeza de que estou mostrando a eles a localização das estruturas [cerebrais] pessoalmente, em vez de por meio de vídeo", afirmou o professor ao portal americano Futurism. "O que quero dizer é que esta é, obviamente, a segunda melhor solução."


Schettino enfatizou que o departamento de neurociência se esforça ao máximo para garantir a segurança dos alunos, que recebem orientações sobre o uso de equipamentos de proteção e o manuseio adequado de ferramentas.


A Universidade do Arizona, em Tucson, Arizona, também aderiu ao método. A estudante de Fisiologia e Ciências Médicas do segundo ano, Julie Taraborrelli, contou ao portal americano BuzzFeed News que foi surpreendida ao abrir um pacote enviado pela universidade – dentro do qual ela imaginava conter ferramentas de dissecção usuais, como bisturis e tesouras – e se deparar com um feto de porco, um olho de vaca e um cérebro de ovelha.


A jovem registrou o momento e compartilhou o vídeo na rede social TikTok, que rapidamente viralizou.


"Não sabíamos realmente o que [estaria] na caixa", disse Taraborrelli ao portal canadense CBC News. "Eu simplesmente não esperava nada assim. Eu nunca teria esperado que eles nos enviassem, pelo correio, partes reais de animais."


Fonte: R7

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