Uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) disse ter sido agredida por um funcionário do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), na terça-feira (22/12).
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atendeu a ocorrência. Segundo relato do PM que atuou no caso, a servidora informou que foi mal atendida, xingada e empurrada pelo empregado da unidade hospitalar após pedir para renovar a permissão para guardar o carro no estacionamento restrito do HRSM.
À coluna Grande Angular, a enfermeira, que preferiu não ter o nome divulgado, contou que o funcionário torceu o braço e a mão dela. A servidora relatou que o homem começou a tratá-la com ignorância por achar que ela havia reclamado dele, o que ela nega ter feito.
“Ele me disse que não sou servidora do hospital e não tenho direito de estacionar lá. Expliquei que a negociação para estacionamento é entre o diretor do Samu e o do Hospital de Santa Maria”, narrou. Segundo a enfermeira, o homem afirmou que não iria autorizar a entrada do carro dela.
“Ele pegou o celular, começou a me filmar, levantou da mesa nervoso e, quando veio bem pertinho de mim, tomei o celular dele. E aí, ele saiu para o lado de fora e começou a me agredir fisicamente, torceu meu braço e a minha mão. Se eu não solto o celular, ele iria quebrar o meu braço”, relatou. O episódio foi interrompido com a interferência de outros servidores.
A enfermeira revelou que está com medo: “Fico com receio de deixar meu carro lá. Na ficha, tem os dados do meu carro e o meu endereço”.
Após ser acionada, a PMDF registrou um termo circunstanciado de ocorrência. A vítima assinou o termo de representação e, junto ao segurança, um termo de compromisso para comparecerem ao Juizado Especial Criminal quando solicitados, de acordo com a corporação.
O que diz o HRSM
A direção do HRSM informou à coluna que tem ciência do caso e está abrindo procedimento de apuração a fim de “aplicar as medidas cabíveis aos profissionais envolvidos”. “Ressaltamos que o caso foi pontual e que não é comum ocorrências desse tipo na unidade hospitalar”, pontuou.
O hospital disse que o profissional envolvido na confusão é assistente administrativo do Núcleo de Segurança do HRSM. Na lista de funcionários do Instituto de Gestão Estratégica do DF (Iges-DF), responsável pela gestão do HRSM, consta que o homem foi admitido em processo seletivo público de 2019.
Segundo a direção, existe um acordo entre o Samu da Regional Sul e o hospital a fim de que os servidores do Samu que batem ponto no HRSM usem o estacionamento da unidade de saúde.
“Os colaboradores precisam ser cadastrados no setor de segurança para utilização do espaço. A enfermeira estava sem o cartão de identificação no dia do ocorrido”, comentou.
A coluna não localizou o empregado do hospital para comentar o caso. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Fonte: Metrópoles