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DF: Diretor do Hospital Regional do Gama é exonerado por falta de efetivo, equipamento e remédios


 
 

O diretor do Hospital Regional do Gama, Renato de Almeida Lima, foi exonerado, nesta sexta-feira (13), após denúncias de falta de efetivo, equipamento e remédios na unidade. A queixa foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico), que pede interdição ética no lugar (entenda abaixo).


A exoneração de Renato foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). No lugar dele, assume Guilherme Augusto Guerra Avelar. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que "cargos comissionados são de livre provimento".

Segundo a pasta, nomeações e exonerações ocorrem "de acordo com a avaliação das chefias do governo". Sobre a denúncia, a secretaria informou que "faz adequações" no HRG. Até a última atualização deste texto, a reportagem não tinha conseguido contato com o ex-diretor. Situação precária De acordo com o sindicato, o HRG tem insuficiência de médicos e equipamentos, risco à segurança dos pacientes e falta de insumos e medicamentos. Além disso, a entidade diz que a estrutura da unidade está degradada e faltam reformas.

Segundo a denúncia, o pronto-socorro do hospital tem apenas 30% dos médicos necessários para operar no setor. O sindicato explica que, por exemplo, onde deveriam atuar seis médicos, trabalham apenas dois ou, em situações piores, um.

Mesmo com falta de profissionais, de acordo com a entidade, os médicos atendem na área de internação e nas emergências, tanto pacientes infectados com o novo coronavírus quanto os demais. Fotos da unidade mostram pessoas perto umas das outras, além de macas desequipadas e "gambiarras". Interdição ética O sindicato foi ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) e pediu a interdição ética da unidade de saúde. O procedimento, caso aceito, impede que médicos trabalhem em instalações que não ofereçam segurança aos pacientes e profissionais.

Na quarta-feira (11), o CRM-DF informou que acompanha as condições do hospital. Segundo a entidade, na próxima terça (17), profissionais vão fazer uma vistoria no local e, caso constatem que o HRG não cumpre os requisitos mínimos, vão pedir o fechamento do hospital. A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), também informou que acompanha o caso. Segundo a entidade, há um procedimento aberto para apurar a situação do HRG, e vistorias programadas para avaliar as condições da unidade. Saúde diz que faz adequações Após a exoneração, nesta sexta, a Secretaria de Saúde divulgou uma nota para a imprensa informando que faz "adequações" no HRG para "ampliar assistência". De acordo com a pasta, 20 médicos emergencistas devem ser contratados por meio de seleção, ainda não lançada. Não há prazo para início do processo.

Além disso, a secretaria afirmou no texto que o HRG "manteve a capacidade de atendimento e continuou a ser referência para os moradores da região Sul do Distrito Federal, de Goiás, Minas Gerais e Bahia, mesmo no período de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus". A pasta disse ainda que o HRG fez 704.905 procedimentos hospitalares em 2020. Desses, 123.516 foram atendimentos nos prontos-socorros. "Mesmo com a pandemia, o HRG fez quase 5 mil cirurgias, sendo a maioria de emergência. Do total de atendimentos na Emergência, 30,6% foram a pacientes do Entorno", reforçou.


Fonte: G1

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