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Com doses esgotadas, Niterói e São Gonçalo não têm previsão de retomar vacinação


 
 

A vacinação contra a Covid-19 em Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, estava suspensa na manhã desta terça-feira (9).


As doses nas duas cidades se esgotaram, e não havia previsão para retomar a campanha. Niterói Em uma transmissão nas redes sociais nesta segunda-feira (8), o prefeito de Niterói, Axel Grael, afirmou que “até tentou comprar vacinas, mas não foi possível”.

“A gente depende das vacinas que chegam do governo federal. Hoje [segunda], aplicamos as últimas vacinas e estamos aguardando. Não temos a confirmação de quando chegarão as próximas vacinas”, explicou Axel.

O secretário de saúde de Niterói, Rodrigo Oliveira, disse que a cidade já aplicou “mais de 20 mil doses”.

A vacinação para idosos acima de 88 anos começou na segunda-feira e terminou no mesmo dia devido à falta de vacinas. Longas filas se formaram, como na Policlínica Sérgio Arouca, no Vital Brazil.

A prefeitura informou que vacinou 150 idosos em 30 minutos nesse posto, o que chamou de “atendimento rápido”. Pessoas na fila contestaram e afirmaram que muitas saíram sem receber a vacina.

Ainda esta semana, profissionais de saúde da linha de frente de combate à Covid-19 em Niterói vão receber a segunda dose da vacina nos locais de trabalho. As 11.620 doses estão no estoque. A prefeitura informa que, de acordo com a bula, é necessário um intervalo de 14 a 28 dias entre as duas doses para garantir a eficácia da vacina. São Gonçalo São Gonçalo suspendeu na sexta-feira (5) a vacinação para idosos e para profissionais de saúde em geral.

Havia uma previsão de chegada de uma nova remessa nesta terça-feira, mas a prefeitura afirmou que a Secretaria Estadual de Saúde cancelou a entrega.

As doses da vacina terminaram porque desde o primeiro dia de vacinação dos profissionais de saúde, a prefeitura pediu que fossem apresentadas apenas a carteira de registro profissional e a identidade. Como não foi exigido comprovante de residência, profissionais de outras cidades foram até o município e, com isso, as doses se esgotaram rapidamente.

No entanto, a segunda dose está garantida tanto para os profissionais de saúde de São Gonçalo, como para todos os outros trabalhadores da saúde, de outros locais, que se vacinaram na cidade.

A prefeitura afirmou que vai vaciná-los porque precisa garantir o prazo de vacinação entre as duas doses. A previsão é que até quinta-feira (11) os profissionais já recebam a segunda dose.

Devido ao esgotamento das doses, a prefeitura tomou a decisão de pedir comprovante de vínculo com trabalho no município ou comprovante de residência para os profissionais de saúde assim que retomar a vacinação.

Além disso, realizou mudanças no plano de ação municipal para garantir que a população do município seja vacinada.

Nesta segunda-feira, uma longa fila se formou em uma clínica de vacinação. As pessoas relataram que a prefeitura não avisou que as doses tinham acabado. Algumas já estavam na fila desde a madrugada. Especialistas criticam Especialistas ouvidos pelo G1 criticaram as cidades que passaram a vacinar, antes dos idosos, profissionais da área de saúde que não atuam na linha de frente do combate à pandemia.

Nesta segunda-feira (8), mais de duas semanas depois de lançar a segunda versão do Plano Nacional de Imunizações (PNI), o Ministério da Saúde enviou um alerta aos secretários de saúde: é preciso seguir os grupos prioritários. Trabalhadores de saúde em geral, que não atuam diretamente contra a Covid-19, não devem ser vacinados agora.

A falta de clareza chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também nesta segunda, o ministro Ricardo Lewandowski determinou que o governo defina uma ordem de preferência, entre os grupos prioritários, para orientar a vacinação contra a Covid-19.

"Ao que parece, faltaram parâmetros aptos a guiar os agentes públicos na difícil tarefa decisória diante da enorme demanda e da escassez de imunizantes", escreveu o ministro. "A nossa proposta inicial era que pessoas do grupo de maior risco à infecção, no caso os idosos, e os profissionais da saúde da linha de frente fossem imunizados juntos no primeiro momento. Agora, por conta da falta de vacina, eles não estão sendo vacinados", explica o infectologista Marcelo Otsuka.

"Os municípios que estão vacinando esses grupos [qualquer profissional que não faça parte da linha de frente], estão fazendo errado", afirma Otsuka.


Fonte: G1

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