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Bebê fica em estado grave após queimaduras causadas por banho de água quente em hospital



"Muita oração para a minha filha Juliana. Por favor. Os médicos disseram que o estado dela é bem grave e que devido as queimaduras piorou mais. Por favor, vamos continuar em oração pela minha filha. Meu coração dói." Esse foi o apelo de Luara Gabriella Duarte, de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, nas redes sociais. A situação de saúde da pequena Juliana, 6 meses, é grave e, segundo a mãe, piorou nos últimos dias. "O quadro dela piorou por conta das queimaduras. Ela não está bem. Está respirando com ajudas de aparelhos. Na sexta-feira (21), ela teve uma parada cardíaca e está usando dois tipos de drogas para acelerar os batimentos cardíacos", disse Luara, em entrevista à CRESCER, na manhã de hoje (25).


Juliana tem hidrocefalia e havia sido internada por causa de uma pneumonia, mas o caso aconteceu na última terça-feira (18), quando Luara se ausentou do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói. "Fui em casa rapidamente ver minha outra filha e tomar um banho. Eu mandei mensagem às 18 h para uma mãe do CTI e ela falou que tinha muito movimento em cima de Juliana. Voltei correndo. Cheguei e ela estava toda enfaixada, da barriga aos pés", lembra. Luara foi informada de a filha foi queimada durante o banho. "Ela sofreu uma crueldade. Sim, crueldade pois o que aconteceu com ela não pode ser considerado como acidente. O resultado dessa maldade está aí, nas fotos. A pequena teve que passar por uma cirurgia", disse.


A mãe conta que custou a acreditar que tivesse sido água quente. "Então, agora estou começando a acreditar. No início, eu fiquei assustada! Como ela iria colocar minha filha debaixo da uma água quente assim?", questionou. "Minha filha de 3 anos falou pra mim: 'Mamãe, o que houve com minha irmã? Por que machucaram ela, mamãe?' É de partir o coração", lamenta. "Eu quero justiça e não vou parar de correr atrás. Aliás, dinheiro algum vai tirar a dor da minha filha.


E, para mim, está sendo horrível. Às vezes, tomo um remédio pra tentar dormir, mas não dá! Eu estou com a cabeça virada com essa situação toda. Tive que parar de trabalhar e minha situação financeira não está muito boa. Além disso, estou sendo destratada dentro do hospital. Antes, todos falavam comigo, conversaram e até brincavam com a Juliana. Agora, nem bom dia dão! Um descaso total", desabafa.


Luara disse que a enfermeira suspeita de ter queimado a pequena Juliana não falou com a família. "Não, até agora não. Acho que que ela tinha que, ao menos, falar comigo, mas está se escondendo", afirmou. Sobre a possibilidade de transferência para outro hospital, ela respondeu: "O delegado está resolvendo tudo isso".


INVESTIGAÇÃO


Segundo laudo da perícia, as queimaduras de segundo grau foram causadas por escaldamento. Segundo a polícia, que segue investigando o caso, a principal hipótese é de que a enfermeira que dava banho na pequena Juliana Anastácio se distraiu e deixou a temperatura da água atingir cerca de 50 graus. As queimaduras atingiram as pernas, virilha, genitália, nádegas e parte da barriga da criança. A criança teve 37,5% do corpo queimado. 


DIREITO DE RESPOSTA


Nossa equipe tentou entrar em contato com o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho por telefone e email. No entanto, até a publicação dessa reportagem, não obteve retorno. Por causa disso, essa reportagem pode sofrer alterações a qualquer momento.


Fonte: Revista Crescer

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