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ARC mostra o que deve ser a medicina daqui a dez anos


 
 

Em 2018, liderados pelo médico Eyal Zimlichman, especialistas traçaram um objetivo ousado: mapear o que seria o estado da arte no atendimento em saúde em 2030. Assim foi criado o ARC (acrônimo para acelerar, redesenhar e colaborar), joia da coroa do Sheba Medical Center, o maior hospital de Israel, no qual Zimlichman é diretor de inovação. “O ARC é um ecossistema movido pela inovação”, explicou no seminário on-line Health Connections 2021, realizado no domingo.

Cerca de 15 parceiros internacionais que são centros de excelência – entre eles Mount Sinai e Mayo Clinic – se associaram ao projeto, que também trabalha com startups, governo, indústria e academia. O mais novo programa, batizado de Nexus, seleciona pessoas da área da tecnologia para que façam uma imersão de seis meses em cuidados de saúde, com a finalidade de buscar soluções de ponta para a medicina. “Inovação se constrói coordenando esforços, ela não acontece do nada. Quanto mais colaborativa, maior a rapidez e a escala, inclusive para conseguir financiamento”, completou o médico.

O ARC se baseia em frentes interdependentes de pesquisa, chamadas de “hubs”, que se completam e que descrevo de forma breve.

1) Big data e inteligência artificial: o “oxigênio do sistema”, a compilação e análise de um grande volume de dados que facilita diagnósticos, prognósticos e tomadas de decisão; 2) Telemedicina: engloba serviços de atendimento à distância, uso de sensores, internet das coisas e hospitalização em casa – uma tendência que deve consolidar-se nos próximos anos, com o auxílio da tecnologia, e que desafogará os hospitais;

3) Medicina de precisão: utilização da genômica (que estuda o genoma do organismo), proteômica (faz o mesmo em relação às proteínas), e da análise do microbioma (conjunto dos microorganismos que nos habitam) para criar tratamentos sob medida para os pacientes;

4) Virtualização da medicina: treinamento dos profissionais com avatares de pacientes, para simular diversos tipos de situações, tais como dor e ansiedade, e uso da realidade aumentada e virtual para, por exemplo, entreter crianças durante procedimentos que causam estresse; 5) Centro cirúrgico do futuro: vai da pesquisa de anestésicos de última geração a robôs para fazer as cirurgias;

6) Reabilitação: também personalizada e até remota, como um braço da telemedicina. A visão era para 2030, mas se tornou uma realidade que começa a ser replicada em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e África do Sul.


Fonte: G1

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