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Amor virtual? Quase 1 em cada 5 adultos já conversou romanticamente com IA

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Um relatório do Instituto Wheatley, da Universidade Brigham Young, mostrou que quase 1 em cada 5 adultos (19%) nos Estados Unidos já conversou com um chat de inteligência artificial (IA) feito para simular um parceiro romântico.


Entre aqueles de 18 a 30 anos, o percentual sobe para 31% no caso dos homens, cerca de 1 em cada 3, e para 23% entre as mulheres, quase 1 a cada 4. Além disso, entre eles, mais de 1 em cada 5 (21%) disse preferir a interação com a IA a falar com uma pessoa real.


A pesquisa entrevistou três mil americanos em busca de como eles usam a tecnologia para replicar situações de romance e de sexo. Uma parcela significativa, 1 a cada 10, admitiu que usa a IA para fins sexuais, como masturbação durante uma conversa com o chat ou para ver imagens sexualizadas geradas pela inteligência artificial.


Segundo o relatório, homens jovens têm mais que o dobro de chance de consumir pornografia feita por IA do que mulheres (27% contra 12%). Entre os mais velhos, essa diferença aumenta, com os homens tendo três vezes mais chance do que mulheres adultas (12% contra 4%).


“A principal conclusão do nosso estudo exploratório é que o engajamento com tecnologias de IA criadas para simular parceiros românticos, assim como o consumo de imagens idealizadas e sexualizadas de homens e mulheres online, é maior e mais difundido do que muitos imaginam, especialmente entre jovens adultos”, diz Brian Willoughby, pesquisador do instituto e professor da universidade, em comunicado.


“Nossos resultados, obtidos de uma grande amostra nacional dos EUA, sugerem que uma parcela significativa, e possivelmente crescente, dos adultos já experimentou essas tecnologias, muitos utilizando semanalmente ou até diariamente”, continua.


O estudo, chamado “Conexões falsas: A ascensão das conexões românticas com IA e da mídia sexualizada por IA entre a geração emergente”, também encontrou uma relação entre o maior uso da tecnologia para finalidades românticas e sexuais e o dobro de relatos de sintomas depressivos.


“O crescimento de companheiros românticos de IA e da pornografia gerada por IA é profundamente preocupante devido ao risco de aumentar expectativas irreais de relacionamentos, reduzir a prioridade de relações humanas reais e alimentar tendências já existentes de solidão”, complementa Jason Carroll, pesquisador no instituto e coautor do relatório.


Uma outra pesquisa, conduzida pelo Instituto para Estudos de Família (IFS), em parceria com o YouGov, ouviu dois mil americanos entre 18 e 40 anos e apontou que 25% acredita que a IA tem potencial para substituir relacionamentos românticos reais.


Entre os jovens adultos solteiros, 7% afirmaram ver benefícios e estarem abertos a relacionamentos românticos com IA. Ainda assim, a grande maioria (71%) rejeita a ideia, e 22% têm sentimentos mistos ou incertezas.


Fonte: O Globo

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